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  • Foto do escritorHenrique Correia

Escritor denuncia pressão na Feira do Livro para substituir Miguel Gouveia


Alves dos Santos diz que faz a denúncia porque "o silêncio apenas serve para perpetuar e agravar este tipo de situação que não são compatíveis com os valores democráticos".




O escritor Alves dos Santos, autor de "O Livro de Todos os Pecados", entre outras obras, foi convidado pela organização da Feira do Livro para orientar um painel, no dia 5 de maio. Acontece que hoje mesmo, depois da participação aparentemente envolta em normalidade, na sua página do Facebook, denuncia pressões da organização para substituir dois dos elementos escolhidos pelo autor para fazer parte do painel. Uma das tentativas de "dispensa" era para Miguel Gouveia, como se sabe ex-presidente da Câmara do Funchal, atual vereador da oposição, a outra "dispensa" era para Guida Vieira, desde sempre ativista de esquerda na linha da frente das lutas políticas.

Refere o escritor que "tudo parecia correr bem até que, na própria semana de apresentação do meu livro, fui insistentemente contactado, primeiro telefonicamente e posteriormente por email, no sentido de me sugerir a substituição dos meus dois convidados - Guida Vieira (antiga deputada regional pela Coligação Mudança) e Miguel Silva Gouveia (o anterior autarca do Funchal) - por os mesmos terem "uma vida política ativa", com se isso cerceasse alguém dos seus mais elementares direitos como cidadãos. Em todas estas abordagens declinei sistematicamente a sugestão de substituição pois a mesma consubstanciava uma inaceitável tentativa de censura, com a qual obviamente não podia compactuar".

Comsidera que "felizmente, a minha intransigência garantiu que os meus convidados viessem a participar, como estava inicialmente programado. Mas, numa última demonstração de mesquinhez, a organização - ao contrário do que fez em todas as outras apresentações - não se dignou a postar uma única fotografia do palco, suponho eu, para que os meus convidados não aparecessem.

Faço questão de denunciar publicamente esta situação porque o silêncio apenas serve para perpetuar e agravar este tipo de situação que não são compatíveis com os valores democráticos".

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