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  • Foto do escritorHenrique Correia

Faz este domingo 82 anos o madeirense do cargo polémico


Representante da República está a três anos do final de mandato e termina a função se se mantiver o atual quadro constitucional. É que o processo de Revisão está em debate entre as forças políticas.




No decurso de um processo de debate, em ano de eleições, sobre a Revisão Constitucional, com o cargo de Representante a ser um dos pontos em foco, sr deve ou não deve ser extinto, uma polémica que vem de longe, Ireneu Barreto, o atual detentor dessa missão, completa este domingo, 5 de janeiro, 82 anos de idade, exercendo um mandato que está a três anos do fim. Sem alterações do atual quadro constitucional, termina com 85 anos, ano em que Marcelo Rebelo de Sousa fecha o ciclo presidencial.

Ireneu Cabral Barreto, madeirense natural da Ponta do Sol, tem a vantagem, relativamente aos antecessores, de ser um natural da ilha, conhecendo as especificidades do ser insular e os condicionalismos que a ultraperiferia enfrenta. É nesse patamar que o Representante tem estabelecido uma relação articulada com os órgãos de governo próprio da Região, sendo que desempenhou um papel interventivo aquando da recente pandemia smda Covid-19, onde por imperativos dos sucessivos estados de emergência, assumiu a tutela na Região pugnando pelo cumprimento, na Região, das diretrizes do Governo em resultado das recomendações das autoridades de saúde. Na Região, tutelou nesse período as forças de segurança, com a sensibilidade de gestão equilibrada mesmo quando as autoridades regionais tinham a tentação de extravasar competências que, naquela circunstância, não estavam admitidas à Região, designadamente quando em causa estavam medidas que condicionavam os direitos, liberdades e garantias.

Se não for reconduzido a quarto mandato, uma decisão que pertence exclusivamente ao próximo Presidente da República, Ireneu não ultrapassa o record de permanência no Palácio de São Lourenço que pertence ao falecido General Lino Miguel, então com o cargo de Ministro da República.

O general Lino Miguel foi o primeiro titular do cargo de Ministro da República atural de Almada de Ouro, freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, que exerceu funções entre 27 de Agosto de 1976 e 31 de Outubro de 1991.

"Aquando da sua posse detinha a patente de Coronel Piloto Aviador, havendo sido promovido a Brigadeiro Piloto Aviador em 6 de Fevereiro de 1981 e a General em 2 de Julho de 1986. Durante toda a sua carreira militar, foi agraciado com várias condecorações, destacando-se a Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo e o Grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Avis. Faleceu no dia 30 de março de 2022, na cidade de Lisboa". São dados disponibilizados pela Assembleia da República.

O segundo titular do cargo foi o Vice-Almirante Artur Aurélio Teixeira Rodrigues Consolado, natural de Lisboa, que exerceu funções entre 31 de Outubro de 1991 e 7 de Outubro de 1997. Durante toda a sua carreira militar, foi agraciado com diversos louvores e condecorações, destacando-se a designação de Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis.

O terceiro titular do cargo foi o Juiz Conselheiro Antero Alves Monteiro Diniz, natural de Vila Pouca de Aguiar. Foi o último Ministro da República para a Região Autónoma da Madeira, cargo que exerceu, entre 7 de Outubro de 1997 e 30 de Março de 2006, e o primeiro Representante da República para a mesma Região Autónoma, função que exerceu de 31 de Março de 2006 até 11 de Abril de 2011. Foi Foi agraciado e condecorado, destacando-se a Grã Cruz da Ordem de Cristo.

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