A ideia é falar das plantas que existiam cá (endémicas) quando os descobridores aqui chegaram.
Miguel Albuquerque vai estar presente na apresentação do mais recente livro de Raimundo Quintal, geógrafo e botânico madeirense, amanhã pelas 18 horas no Museu Casa da Luz.
O livro é de Raimundo Quintal e, segundo o próprio, a ideia é falar das plantas que existiam cá (endémicas) quando os descobridores aqui chegaram e também das plantas introduzidas ao longo destes séculos (sobretudo da flora exótica). O segundo capítulo do livro, mais pequeno, é dedicado à Laurissilva.
A obra será apresentada pela arquiteta paisagista Teresa Chambel, diretora da revista Jardins.
Uma nota da Quinta Vigia sublinha que "no resumo do livro, Raimundo Quintal escreveu: «Não foram estrelícias que João Gonçalves Zarco encontrou na Madeira, nem Gonçalo Velho Cabral viu hortênsias quando desembarcou em São Miguel. Estrelícias e hortênsias toda a gente conhece devido à forte divulgação. O que a maioria das pessoas ainda não conhece são as flores das ilhas, aquelas flores que já existiam quando chegaram os primeiros povoadores. As flores de cá. Desconhecidas ou muito pouco conhecidas são, também, muitas das plantas que povoam os jardins da Madeira e de São Miguel, resultado de importações realizadas especialmente desde os finais do século XVIII. As flores de lá».
O autor sublinha que se tem esforçado, ao longo da sua carreira, por divulgar as flores de cá e de lá. A título de exemplo, recorda que, entre fevereiro de 2015 e dezembro de 2022, publicou 83 artigos na revista Jardins.
Na secção “Uma planta, uma história” escreveu 78 monografias, das quais 19 de plantas endémicas e nativas da Madeira, 50 de plantas exóticas na Madeira e 9 de árvores exóticas que vivem em parques e jardins de São Miguel.
E iniciou, na edição de fevereiro de 2023, uma série de crónicas subordinadas à ideia geradora “Natureza com ternura”.
"Achei que esta seria uma boa altura para reunir num livro as 78 histórias publicadas na revista. Porque a Laurissilva da Madeira é, até ao momento presente, o único Património Natural da Humanidade em Portugal entendi ser importante incluir como segundo capítulo do livro o artigo publicado na Jardins, em junho 2016, sobre a floresta classificada pela UNESCO, em 1999, e ainda muito pouco conhecida pelos portugueses", diz ainda.
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