Dois aviões militares transportaram os cerca de 130 agentes que participaram nesta operação envolvendo suspeitas sobre Miguel Albuquerque, Pedro Calado e o empresário Avelino Farinha, dono dos grupos AFA e Savoy, bem como dos dois jornais diários da Região.
Um avião da Força Aérea Portuguesa vai transportar o presidente da Câmara Municipal do Funchal para Lisboa, esta quinta-feira, na sequência da detenção no âmbito da operação levada a efeito pela Judiciária e pelo Ministério Público por suspeitas de corrupção envolvendo o presidente do Governo, o presidente da Câmara e o empresário Avelino Farinha, proprietário do grupo AFA, do grupo Savoy e dos dois jornais diários JM e Diário, também detido esta tarde. O outro detido é o responsável pelo grupo AFA Braga, Caldeira Costa.
Na operação participaram 2 Juízes de Instrução Criminal, 6 Magistrados do Ministério Público do DCIAP e 6 elementos do Núcleo de Assessoria Técnica (NAT) da Procuradoria Geral da Republica, bem como 270 investigadores criminais e peritos da Polícia Judiciária.
Os detidos serão, presentes à Autoridade Judiciária competente, no Tribunal Central de Investigação Criminal, com vista a interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.
Recorde-se que "as diligências executadas visaram a recolha de elementos probatórios complementares, a fim de consolidar as investigações dos crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência. Nos inquéritos referenciados investigam-se factos suscetíveis de enquadrar eventuais práticas ilícitas, conexas com a adjudicação de contratos públicos de aquisição de bens e serviços, em troca de financiamento de atividade privada; suspeitas de patrocínio de atividade privada tendo por contrapartida o apoio e intervenção na adjudicação de procedimentos concursais a sociedades comerciais determinadas; a adjudicação de contratos públicos de empreitadas de obras de construção civil, em benefício ilegítimo de concretas sociedades comerciais e em prejuízo dos restantes concorrentes, com grave deturpação das regras de contratação pública, em troca do financiamento de atividade de natureza política e de despesas pessoais".
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