"Entre 100 ou 120 pessoas que estão na rua, 90% não tem a ver com dificuldades económicas. São consumidores".
A Câmara Municipal do Funchal (CMF) vai lançar esta semana o concurso público internacional para a instalação de 81 câmaras de vigilância, na cidade, um investimento de um milhão e meio de euros e que vai contribuir para uma maior segurança.
A abertura do concurso público vai à reunião de Câmara da próxima quinta-feira, 09 de novembro. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, após a reunião do Conselho Municipal de Segurança, reunido esta tarde, na sala da Assembleia Municipal e que contou, entre outras entidades, com a presença de elementos do Ministério Publico, da PSP, da GNR, Presidentes de Juntas de Freguesia e diversas instituições.
Um momento para Pedro Calado anunciar o reforço, junto do ministro da Administração Interno do pedido de mais efetivos nas ruas do Funchal”. “Um dado curioso que resultou desta reunião é que entre 100 ou 120 pessoas que estão na rua, 90% não tem a ver com dificuldades económicas. São consumidores, com a agravante de que muitas das substâncias nem estarem ainda na lista de substâncias ilegais”, referiu o autarca.
Pedro Calado reitera que o "Funchal é uma cidade segura", embora reconheça que “ a criminalidade e o uso de determinadas substâncias psicoativas tem crescido".
Esta foi a 3ª reunião que ocorre com caráter periódico para discutir e apresentar soluções com vista ao reforço de segurança no Concelho do Funchal.
Pedro Calado prevê a conclusão da instalação das 81 câmaras de vigilância até final do verão do próximo ano. Estão referenciados 40 locais, sobretudo na baixa do Funchal. Segundo referiu, todas as imagens serão automaticamente trabalhadas pela Policia de Segurança Pública, conforme determina a lei.
Nesta reunião foi ainda apresentada a Equipa Multidisciplinar de Coordenação, Intervenção, Monitorização e Avaliação da Estratégia Municipal para a Pessoa em Situação de Sem-Abrigo do Funchal.
Pedro Calado explicou que o trabalho desta Equipa Multidisciplinar é conhecer quem são as pessoas que estão na rua, qual o tipo de vida que fazem, que substâncias estão a consumir e qual a origem das mesmas.
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