Se verificarmos os apoios concedidos ao futebol com outras modalidades que representam o Desporto feminino madeirense, a desvantagem do 'pontapé na bola' é evidente.
Já por aqui escrevemos que, quer se goste quer não se goste, o futebol feminino ganhou uma notoriedade assinalável nos últimos tempos - e não nos referimos ao 'beijo'...
No caso português, a presença no Campeonato do Mundo da principal seleção elevou a modalidade a um patamar jamais visto e que, reconheça-se, ultrapassou as suas 'congéneres' que já andam há muitos anos em prática... É isso, as coisas são como são... Aliás, basta lembrar que o futebol feminino interrompeu um Conselho de Estado para permitir a deslocação do Primeiro Ministro à Nova Zelândia a fim de presenciar a estreia portuguesa no 'Mundial'!!!
Também podemos recordar o destaque dado à madeirense Telma Encarnação por ter marcado o primeiro golo português numa fase final do 'Mundial': capa em todos os jornais portugueses com exceção de A Bola - aqui, obviamente (?!), o destaque foi dado a uma atleta benfiquista...
Estes são dados que, indiretamente - admite-se -, fazem criar expetativa em relação ao Plano Regional de Apoio ao Desporto 2023/2024, o denominado PRAD.
É que tendo a Madeira uma equipa, no caso o CS Marítimo, ao mais alto nível competitivo do futebol feminino, a Liga BPI que a FPF quer tornar cada vez mais profissional, o apoio até agora oficialmente recebido está muito aquém da divulgação e impacto mediático conseguido - a 'tal' Telma, por exemplo, é jogadora verde-rubra - comparativamente com outras modalidades. Acrescente-se, a propósito, que os jogos da Liga BPI são transmitidos em canal aberto (Canal 11) e alguns na Sport TV.
Se verificarmos os apoios concedidos ao futebol com outras modalidades que representam o Desporto feminino madeirense, a desvantagem do 'pontapé na bola' é evidente.
Atente-se ao que foi destinado na temporada 2022/2023:
FUTEBOL - 38 941,87 (CS Marítimo);
ANDEBOL - 186 604,64 (Madeira SAD), 47 093,57 (CS Madeira);
BASQUETEBOL - 52 539,81 (CAB), 50 137,04 (Francisco Franco);
VOLEIBOL - 47 255,26 (CS Madeira).
Obviamente que os encargos com uma equipa de futebol são muito maiores que nas outras modalidades - mais que não seja pelo número que cada plantel tem, obrigatoriamente, de apresentar.
Cresce, pois expetativa sobre os valores que serão publicados no PRAD 2023/24, documento que deve ser conhecido em breve.
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