"Podemos uma vez mais, lembrar que o ano passado foram distribuídos pelos produtores 21.216.923€, que representa um valor médio de 0,93€ por quilo, mais 50% do que em relação a 2009".
A gerência da Empresa de Gestão do Sector da Banana, a GESBA reagiu hoje ao que considera terem sido "novas falsas acusações protagonizadas pelos ‘suspeitos do costume’, JPP, a propósito dos Relatórios de Gestão/Contas da GESBA".
Só para contextualizar, temos que o JPP veio a público prometer passar as contas da GESBA a "pente fino" sublinhando que aquela empresa "está muito mal gerida financeiramente, serve de manjedoura para determinados grupos e está a alimentar clientelas do PSD/CDS. Vejamos: em 2021, de vendas anuais de banana estimadas em 18,92 milhões, pagaram apenas 6,7 milhões aos bananicultores, ficando por explicar o saldo de 12,17 milhões dessas contas. Ou seja, o agricultor recebe, apenas, um terço da banana que é vendida pela GESBA. Por cada 3 kg de banana que a GESBA vende, o produtor recebe apenas 1kg".
A empresa esclarece que "os números são claros e podem ser facilmente comprovados, até pelo JPP, que usa e abusa de uma política baixa, não contabilizando, por exemplo, os custos com os cerca de 300 trabalhadores da empresa, a quem querem tirar o sustento, transportes marítimos e terrestres, caixas, paletes, papel, sacos, fatores de produção, e outros fornecimentos e serviços, tais como manutenção de viaturas, gasolina, água, luz, limpeza, entre outros.
Por si só, estes dados são suficientes para rebater críticas infundadas e maliciosas, com propósitos de levantar a suspeita e a dúvida. No entanto, podemos uma vez mais, lembrar que o ano passado foram distribuídos pelos produtores 21.216.923€, que representa um valor médio de 0,93€ por quilo, mais 50% do que em relação a 2009".
A GESBA diz que "felizmente, os bananicultores estão perfeitamente cientes da realidade, como também sabem da existência de meia dúzia de produtores que, em conluio com o JPP, defendem um retorno a um modelo que eles próprios destruíram, que foram incapazes de gerir, resultando numa situação de total falência do sector, e a sua subsequente alienação, mormente dos passivos e do respetivo buraco de quase 8 milhões de euros, que transitaram para a GESBA, entretanto já totalmente pagos.
Este buraco, que resultou na falência completa das cooperativas, teve de ser gerido já pela GESBA que, através de um empréstimo, com um aval público, de produtores e não produtores de banana, ajudaram a salvar este importante sector, que foi completamente destruído por uma gestão pouco criteriosa.m".
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