O Governo preferiu o princípio do "mais vale prevenir do que remediar".

Já morreram 132 pessoas de Covid-19, este ano de 2022 na Madeira.
Quem ouviu as declarações do presidente do Governo e do secretário regional da Saúde, nos últimos dias, sobre a possibilidade de acabar com as máscaras em espaços fechados, não diria que o plenário do Governo ia decidir pela defensiva. As máscaras vão cair a partir do dia 15 de maio, em muitos espaços fechados, mas mantêm-se em várias situações onde porventura podíamos pensar em algum relaxamento, como aliás Pedro Ramos tinha adiantado aos jornalistas bem recentemente.
A máscara deixa de ser obrigatória (sendo que este obrigatório não corresponde às competências do Governo Regional em matéria de direitos, liberdades e garantias) nos centros comerciais, no comércio em geral, na restauração e similares, nos ginásios. Mas continuam sendo "obrigatórias" em muitos espaços, designadamente "em estabelecimentos e serviços de saúde, incluindo farmácias comunitárias; em estruturas residenciais ou de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, bem como unidades de cuidados continuados integrados (UCCI) da Rede de Cuidados Continuados Integrados da RAM; na utilização de transportes coletivos de passageiros, bem como no transporte de passageiros em táxi ou similares; em plataformas e acessos cobertos a transportes públicos, incluindo aeroportos e terminais marítimos; nos casos confirmados de COVID-19, em todas as circunstâncias, sempre que estejam fora do seu local de isolamento até ao 10.º dia após data do início de sintomas ou do teste positivo".
Como se constata, o Governo preferiu o princípio do mais vale prevenir do que remediar, até porque deverá estar a avaliar as consequências da abertura verificada com o cortejo da flor, com um momento de euforia face aos números surpreendentes do turismo que ultrapassam mesmo um dos melhores anos, 2019. É verdade que a situação da Covid-19, na Madeira, não apresenta a gravidade de outros destinos e não há pressão relativamente ao número de internamentos. Mas a pandemia e as novas linhagens continuam a ser um mundo desconhecido, pelo que é importante uma abertura que não é de rompimento total com as medidas em vigor. Deve ter sido isso que o Govero pensou.
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