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  • Foto do escritorHenrique Correia

Governo requentado e pouca dimensão do PSD de Montenegro


Este é o retrato de Marcelo à vida política portuguesa. E avisa para a possibilidade de usar o que habitualmente se chama de "bomba" atómica das competências do Chefe de Estado. Até 2025, pode haver dissolução do Parlamento.



O Presidente da República deu uma entrevista à RTP e ao jornal Público onde "disparou" críticas à direita e à esquerda, ao Governo de António Costa mais propriamente. Um governo que o Chefe de Estado diz estar "requentado" e "cansado" depois das eleições que deram a maioria absoluta.

Marcelo Rebelo de Sousa explica que "o governo só começou mesmo a governar depois de setembro, sendo que a prioridade era tratar das consequências da guerra na Ucrânia e a energia. Depois, foram as vicissitudes internas da governação. Estamos perante uma maioria absoluta que nasce já com desgaste de seis anos anteriores de governo".

O Presidente assume que tem uma visão diferente do primeiro-ministro relativamente à realidade. Diz que vê o copo meio vazio enquanto António Costa vê o copo meio cheio. Diz que as contas certas são importantes para a Europa "não cair em cima de Portugal", mas há um problema de conjuntura que exige ação, que afeta os mais desfavorecidos, mas também a classe média e a classe média alta.

Marcelo diz que apesar das manifestações dos professores e as dificuldades ja Saúde e na Justiça, "não há um ambiente de contestação social generalizada em Portugal. E em relação à TAP, ficou surpreendido com o expediente utilizado de renúncia com acordo, figura inexistente no estatuto do gestor público. A consequência, para o governo, do que se passou com todo o episódio TAP, é semelhante à de uma TAC, pernanecem no corpo radiações para a vida. O que aconteceu foi "uma coisa do outro mundo" e Marcelo avisa que, se continuarem a acontecer neste mundo coisas do outro mundo, até 2025, ano do fim do mandato, tem o poder de dissolução do Parlamento.

Falando de alternativas ao Governo, Marcelo diz que não há essa alternativa política, ainda que possa existir de forma aritmética. Um dos partidos à direita, a Iniciativa Liberal, recusa acordo com o PSD, por isso não pode haver essa alternativa. Neste momento. Além disso, para se assumir como alternativa, o partido liderante, o PSD, deveria ter um grande ascendente, o que não acontece de acordo com as sondagens. Uma fragilidade nesse contexto, permite a outros preencherem um vazio. E rebusca uma frase de Barbosa de Melo dizendo que dança quem está na roda e só deixa entrar alguém na roda se sair ou dançar mal. Um alerta a Luís Montenegro.


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