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Grande "jogada" de Cafôfo acrescenta valor ao PS e "entala" Albuquerque

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia


Vamos ver como reage Albuquerque num quadro diferente, que não pode ignorar. Manter a decisão de não haver internas é uma possibilidade grande. Mas aí corre o risco de arrastar o partido para um cenário que muitos militantes temem.



A abertura do processo eleitoral interno no PS Madeira, anunciado por Paulo Cafôfo depois de posições públicas do seu opositor Carlos Pereira, que já foi líder e quer voltar a ser, veio alterar sobremaneira o quadro político na Região. Foi uma grande "jogada". De uma assentada, Cafôfo abre eleições internas, vai a votos já que o desafiam com tanta insistência, pressiona Carlos Pereira (e agora?), mas também o PSD-M, onde já hoje se questiona: então dá para o PS fazer internas e não dá para o PSD? Então, Marcelo não terá, forçosamente, de atender a este tempo de eleições socialistas quando pensar na data das eleições regionais? O mesmo não pode acontecer no PSD?

Seja qual for o resultado no PS, esta decisão funcionará sempre como uma mais valia para os socialistas. Ou mantém Cafôfo e este sai reforçado, muito mais forte do que hoje, ou há um novo líder e o PS ganha uma renovada mobilização sem argumentos para quem vai à luta nem motivos para "guerras frias" internas. Para além de juntar estas sinergias a uma imagem que será "colada" ao PSD, alvo de comparação inevitável.

E agora? O que se vai passar no PSD-M? Naturalmente que as decisões não têm de ser iguais, mas Miguel Albuquerque fica numa posição ainda mais difícil, sobretudo com o PSD a ficar numa posição aparentemente menos democrática do que o principal partido da oposição. E Albuquerque também não pode correr o risco de, numa jogada destas, permitir uma subida eleitoral do PS num contexto em que JPP e CDS poderão pesar numa futura coligação da oposição ao PSD.

Miguel Albuquerque não pode deixar que uma descida de votos do PSD, que é o que tem acontecido, tenha por correspondência uma subida de representação do PS, sabendo-se que o PSD vai sozinho às eleições e pode ficar sozinho no Parlamento.

Vamos ver como reage Albuquerque num quadro diferente, que não pode ignorar. Manter a decisão de não haver internas é uma possibilidade grande. Mas aí corre o risco de arrastar o partido para um cenário que muitos militantes temem.



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