Empresários disponibilizam "ofertas culturais" ao abrigo da Lei do Mecenato e o Governo deixa uma referência, nas resoluções, que essas doações são feitas "sem quaisquer contrapartidas".
Foram várias as empresas que ao abrigo da Lei do Mecenato fizeram várias doações culturais à Região. "Sem quaisquer contrapartidas", esclarecem as resoluções publicadas no JORAM. Para não permitir dúvidas sobre conflitos de interesses e supostas cumplicidades para benefícios indiretos. Entre as empresas estão o grupo Sousa, o grupo Pestana e as empresas de construção Tecnovia e RIM.
O grupo Sousa, liderado pelo empresário Luís Miguel Sousa, responsável pelas operações portuárias e com capital no Diário, doou um conjunto de peças "com assinalável valor histórico e artístico, que na sua universalidade, possuem um valor total de 10.041,15 €".
As peças serão expostas junto aos bens na coleção a exibir no Casa Colombo - Museu do Porto Santo e dos Descobrimentos Portugueses.
O grupo M.& J.PESTANA-SOCIEDADE DE
TURISMO DA MADEIRA S.A., vai doar "parte de uma obra escultórica, em bom estado de
conservação, em madeira de carvalho, policromada, de oficina flamenga do século
XVI, intitulada “A Lamentação”, com proveniência devidamente verificada e um valor total de 9.999,99 €, quantia
despendida e paga pelo mecenas. As peças irão também para a Casa Colombo - Museu do Porto Santo e dos Descobrimentos.
O Governo Regional aceitou a doação em espécie, pela sociedade comercial TECNOVIA - Madeira, Sociedade de Empreitadas, S.A., de um conjunto de peças "com assinalável valor histórico e artístico, concretizadas entre os séculos XVI a XIX, em bom estado de conservação, com um valor total de 53.921,53 €. As peças ficarão na Casa Colombo, no Porto Santo. Da mesma empresa, uma peça de mobiliário (cama), em bom estado de
conservação, do século XVIII, do designado estilo D. João V ou D. José I, com
proveniência devidamente vverificada com um valor total de 373,80 €. Esta peça vai integrar a coleção a exibir no Convento de Santa Clara - Monumento visitável, enriquecendo o espólio deste
equipamento.
O Governo aceitou, ainda, a doação em espécie, pela sociedade comercial ILHÉU DE FORA - EMPREENDIMENTOS
TURÍSTICOS S.A., de parte de uma obra escultórica, em bom estado de conservação,
com proveniência devidamente verificada e que de acordo com informação
documentada, possui um valor total de 4 999,99 €.
Também a sociedade comercial PÉ NA ÁGUA, LDA., vai doar, diz a resolução, "um excecional e raro prato grande, de faiança, com decoração de “Aranhões” azul e vinoso com
flores e outros motivos, do século XVII/XVIII, com proveniência devidamente verificada e que de acordo com informação documentada, possui um valor total de
2.393,60 €.
O Governo, neste mesmo âmbito, decidiu revogar uma Resolução anterior do Conselho e aceitar a doação em espécie, sem quaisquer ccontrapartids, pela sociedade
comercial Silvelmode - Electrodomésticos, Móveis e Decorações, Lda., de uma pintura a óleo sobre madeira de carvalho, de oficina
flamenga e de meados do século XVI, representando a “Descida da Cruz”, com proveniência devidamente verificada e que de acordo com informação documentada, possui um valor total de 10 069,48 €, montante este que inclui os encargos associados e o IVA.
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