Líder do PSD-M foi à RTP Madeira reafirmar a coligação pré eleitoral com o CDS e voltar a avisar, agora mais suave: põe fora do partido quem continuar a fazer "ruído". E diz que não avisa no abstrato, sabe quem são.
Miguel Albuquerque avisou no congresso da JSD-Madeira que quem fizer confusão, no PSD "vai para o olho da rua", uma expressão que caiu mal internamento e por motivos que se prendem com o momento que muitos consideram inoportuno e inadequado para esta mensagem numa plateia de juventude.
O aviso estava feito, aviso forte, talvez "feio", mas foi assim e pronto. o problema era saber quem seriam os destinatários ou se o a intenção era colocar tudo em sentido, para nem discutir a coligação, assim no abstrato.
Mas ontem, na RTP Madeira, Miguel Albuquerque foi mais tranquilo nas palavras, mas muito mais incisivo, claro relativamente aos alvos da sua mensagem. Há gente, no PSD Madeira, a querer fazer confusão, os alvos não são abstratos Albuquerque sabe quem são e reafirmou que esse "ruído", se continuar, coloca essa gente fora do partido, já não usou o "olho da rua" no calor do congresso, foi mesmo colocar fora. E também já não deu a ideia de pensamento único, admitiu que possam existir ideias diferentes, que as opiniões expressas podem ser diferentes, mas a liderança foi sufragada em congresso, há um líder e um programa para respeitar.
Pela primeira vez, Albuquerque admite publicamente que internamente, no PSD-M, existem pessoas que procuram fazer confusão, que "estão dentro do partido para minar a credibilidade. Há pessoas que estão no partido com o "Princípio de Peter", mas os políticos devem ter o principio da temperança, o poder é uma coisa complicada e há pessoas, dentro do PSD Madeira, que fazem ruído".
Só para lembrar, o "Princípio de Peter", também conhecido pelo "Princípio da Incompetência", de Laurence Peter dentro da Teoria Estruturalista, assenta na ideia que "num sistema hierárquico, todo funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência". Está, assim, dado o recado interno. Desta forma, mais refinada, mas que na prática será "olho da rua" na mesma.
Nesta entrevista à RTP Madeura, Miguel Albuquerque reafirmou que haverá coligação pré eleitoral, com o CDS, nas legislativas de 2023. "A aliança com o parceiro político foi subscrita, em 2019, quer no Parlamento quer no Governo e cumprimos o programa de governo assegurando estabilidade. Não fazia sentido de outra forma. Vamos em coligação".
O líder do PSD-M e presidente do Governo recordou os tempos da Madeira de progressão, em 2019, antes da pandemia, em que a Região registou o PIB mais alto e a taxa de desemprego "quase residual". Diz que "esta Legislatura foi atípica".
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