Miguel Albuquerque chegou, fez o percurso a pé, viu a "entourage" rendida e viu o povo que se foi rendendo com este percurso.





Não foi "Paz, Pão, Povo e Liberdade" do hino do PSD, mas foi uma coisa parecida com "Povo, Obra e Festa Rija" com a ligação entre o Estreito da Calheta e o Jardim do Mar a ser alvo de inauguração por parte do presidente do Governo. Como diz a página da AFAVIAS, do empresário Avelino Farinha, grupo que em parceria com a Tecnovia teve esta fase do trabalho concluída em vesperas de Natal, "foram executados diversos trabalhos, nomeadamente a construção de um túnel com uma extensão de 1.051 metros". Foi obra.
Miguel Albuquerque chegou, fez o percurso a pé, viu a "entourage" rendida e viu o povo que se foi rendendo com este percurso, pela segurança, fazendo lembrar os grandes momentos de inaugurações de Alberto João Jardim, na altura em que o povo lhe caia aos pés com um ramal de eletricidade ou água a sair das torneiras. Era coisa para meia dúzia de inaugurações, tantas quantas as espetadas em cima de mesas nas ruas, ao ponto de já ninguém poder ver espetada pela frente e ter que fazer uma "abstinência" de tempos a tempos. Eram outros tempos, do Fado, de Fátima e do Futebol. Será que era mesmo de outros tempos ou os tempos e os comportamentos não são assim tão diferentes sendo outros os tempos? É para reflexão...
A obra de hoje, que coloca um ponto final nos receios daquele percurso, onde várias vezes ocorreu a queda de pedras, um perigo iminente, constitui um valor acrescentado para as gentes locais, mas também permite uma mobilidade em segurança para os visitantes. Seja como for, com o fado deste povo, com o enfado de algum faz de conta ou com o povo que se confunde com o futebol, com o estilo de Jardim ou com jardinismo de estilo espalhado por geração político partidária, a verdade é que o momento foi de festa compreensível e Albuquerque não escondeu a satisfação. E foi vê-lo "desfilar" como Jardim, cumprimentar como Jardim, beijar como Jardim e dançar como Jardim. Como um natural "discípulo" de Jardim com proveniência nas "escolas" do jardinismo.
Miguel Albuquerque sabe que são estas obras que dão votos, sendo que a um ano de eleições regionais vamos assistir a uma aceleração de obra feita como garante de um passo à frente no ponto de partida, mesmo que, num ou noutro momento, se confunda a governação com os partidos.
Todos diferentes, todos iguais...
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