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Foto do escritorHenrique Correia

Ireneu: é inconcebível que a política seja o último reduto do poder masculino




Representante foi à Ponta do Sol pedir intervenção para dar segurança à Cascata dos Anjos e defender equilíbrio entre habitação acessível aos jovens e a subsistência do turismo.



Ireneu Barreto sobre a cascata dos Anjos: "Permito-me apelar a um consenso entre as instituições com competência para uma intervenção adequada".



O Representante da República na Madeira foi ao Dia da Ponta do Sol abordar o que considerou como "sistemática subrepresentação das mulheres na política", sublinhando ser "mais que um problema de mera diversidade ou moda. É uma verdadeira questão de qualidade e profundidade da Democracia".

Ireneu Barreto, no dia do concelho liderado por Célia Pessegueiro, disse que "num momento em que as mulheres assumem posições de destaque em todas as áreas – das empresas à justiça, da saúde à universidade, do desporto à investigação científica –, muitas vezes em papéis de liderança, é inconcebível que seja o mundo da política, onde se decide o nosso futuro coletivo, o último reduto do poder masculino".

O Representante tem uma possível explicação: "Bem sei que, na nossa Região e nosso País, como em todo o mundo democrático, não é fácil motivar e mobilizar mais mulheres para o exercício de cargos públicos, e que nem sempre os partidos políticos consideram prioritário esse esforço.

Tenho, porém, a certeza de que é com exemplos como o vosso, Senhora Presidente da Câmara da Ponta do Sol, que cada vez mais mulheres se sentirão despertas para darem o seu contributo à causa pública e nela encontrarão a sua realização pessoal. E a nossa Comunidade deve sempre agradecer o vosso contributo pioneiro, como agora faço questão em fazer publicamente, englobando nesta saudação a senhora Presidente da Câmara da Calheta em exercício, Dra. Doroteia Leça".

Ireneu Barreto tocou em dois pontos essenciais para o desenvolvimento do concelho, mas num sentido mais lato. O turismo e a habitação para os jovens:

"Saibamos saber conviver com os efeitos do crescimento do turismo, mesmo quando nos acarreta algum incómodo.

Estou a pensar, por exemplo, na emblemática Cascata dos Anjos. Durante muitos anos foi, para os madeirenses e para os pontassolenses em particular, uma pequena curiosidade, um local onde se molhava o carro numa ida aos Anjos ou à Madalena do Mar.

Hoje, com o crescimento exponencial do turismo, a Cascata dos Anjos transformou-se num dos “ex-libris” do Concelho, suscitando a curiosidade dos que nos visitam, com filas de espera, exportada para todo o mundo em fotografia e filme, omnipresente nas listas das maiores atrações da Ilha.

E com isso, infelizmente, fonte de problemas de segurança aos quais urge responder. Para essa resposta, permito-me apelar a um consenso entre as instituições com competência para uma intervenção adequada, para bem da nossa Comunidade.

O desvio de habitações para o turismo ou o aumento do custo do imobiliário são outros problemas que afetam a nível global a nossa população e, em particular, os nossos jovens. É necessário continuar o investimento público para a resolução dessa dificuldade, já tão bem identificada, mas sem pôr em causa o turismo, que garante a subsistência de tantas famílias e tem contribuído para a modernização das nossas freguesias, vilas e cidades.

Temos todos, portanto, que nos habituar aos tempos em mudança".



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