"Talvez o serviço militar obrigatório permitisse debelar o problema do recrutamento, mas este tem sempre de ser visto em conjunto com o desafio da retenção dos meios humanos e com a necessidade de uma adequada formação".
O Representante da República na Madeira fez alusão, no âmbito da cerimónia do Dia do Combatente e do 106.º Aniversário da Batalha de La-Lys, em São Vicente, ao debate que se levantou recentemente sobre a eventualidade do regresso do serviço militar obrigatório, considerando que "talvez "permitisse debelar o problema do recrutamento, mas tem sempre de ser visto em conjunto com o desafio da retenção dos meios humanos e com a necessidade de uma adequada formação para utilização de armas cada vez mais sofisticadas".
Ireneu Barreto afirmou ser "imprescindível e urgente conferir às nossas Forças Armadas um estatuto profissionalizante tal que a carreira das armas volte a ser atrativa para os nossos jovens que nelas possam ver um futuro digno para a sua vida profissional".
"As Forças Armadas não são um conceito abstrato. São os homens e as mulheres que juram defender a nossa Pátria, sujeitando-se, se necessário, ao mais alto dos sacrifícios.
Ao exigirmos tal coragem aos nossos Militares temos de admitir que o esforço que lhes é solicitado deve ser correspondido pelos meios que são colocados à sua disposição. De certa forma, a nossa maneira de retribuir às Forças Armadas é assegurar-lhes as condições materiais e humanas para o desempenho da sua missão".
O Representante aludiu, ainda, aos 50 anos do vinte e cinco de abril, "dia em que as nossas Forças Armadas devolveram aos Portugueses a liberdade, a democracia e a esperança de uma vida melhor, lhes deixe a minha sentida e profunda homenagem".
Ireneu disse reconhecer os avanços que o Estatuto do Antigo Combatente – e a sua adaptação à Madeira, conduzida pelos órgãos de governo próprio da Região –, têm trazido melhorias à vida destes militares. Mas não me cansarei jamais de pugnar por todo o reconhecimento e apoio que os mesmos merecem.
Novamente pergunto, o que aprendemos da forma como tratámos os nossos Antigos Combatentes?"
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