"O respeito pela Autonomia das Regiões" que em sua opinião "foi também devidamente considerado pela Assembleia da República em matéria tão sensível como a da descentralização".
O Representante da República para a Madeira fez hoje um "rasgado" elogios ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que está em visita oficial à Região a convite do presidente do Parlamento Madeirense. Foram elogios de carreira e de atitude para com as Regiões, antes de relevar "as diversas propostas de lei da nossa Assembleia Legislativa que são acolhidas pela AR".
Ireneu Barreto fez a declaração durante a recepção a Santos Silva, no Palácio de São Lourenço, relembrando o percurso político da segunda figura da Nação com palavras como "serenidade e ponderação" como caraterizando um posicionamento determinante no atual quadro da Assembleia da República, que se seguiu a um percurso que passou por Ministro da Educação, da Cultura, dos Assuntos Parlamentares, da Defesa Nacional, dos Negócios Estrangeiros e de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Este enquadramento feito pelo Representante não será, por certo, partilhado pela governação "mista" PSD/CDS, que vê em Santos Silva a imagem do político "aparelhista" do PS, mas também o antigo ministro de Sócrates, da época do chamado "garrote financeiro" à Madeira por via da então Lei de Finanças Regionais".
Mas Ireneu, obviamente, acima dessas questiúnculas político partidárias, relevou a importância política do atual presidente da Assembleia da República, além de apontar "o respeito pela Autonomia das Regiões" que em sua opinião "foi também devidamente considerado pela Assembleia da República quando, em matéria tão sensível como a da descentralização, deixou às Assembleias Regionais propor o âmbito e o conteúdo da mesma, porquanto ninguém mais bem colocado para valorar e definir o que poderá ser transferido dos Governos Regionais para os municípios."
Uma palavra final de Ireneu Barreto foi de "saudação aos Deputados da Assembleia da República eleitos pelo círculo da Madeira, que sempre privilegiaram os interesses da nossa Região, muitas vezes, em detrimento das orientações dos seus Partidos e sem receio de eventuais consequências". Uma mensagem no sentido da defesa das Regiões, posição que não raras vezes não é defendida pelas estruturas partidárias nacionais.
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