O líder das maiorias absolutas, num Exclusivo do Expresso, vê pragmatismo nesta sua posição de alternativa para derrotar o socialismo e o comunismo, mas outros vêem incongruência.
Expresso/Duarte Sá
Alberto João Jardim é um "reformado" ativo e não pára de surpreender. Ao jornal Expresso, o antigo presidente do Governo e do PSD-M diz: “Eu hoje defendo que deve haver uma grande frente, incluindo o próprio Chega, para derrotar o socialismo e o comunismo”. Caso necessário, até com presença no executivo".
Ou seja, não incomoda Jardim aquilo que incomoda o eleitorado. Jardim admite tudo no mesmo saco, PSD, CDS e CHEGA. E tem uma justificação interessante: “Neste
momento, estão partidos de extrema-direita em vários governos da Europa. Em nenhum deles se verificou qualquer atentado à democracia ou violação da normalidade democrática. Estão ali, direitinhos, a
cumprir a Constituição. Não se derrota a extrema-direita com as tiradas da esquerda. Derrota-se, obrigando-a a cumprir o jogo democrático"
O líder das maiorias absolutas, cujo ponto forte nunca foi negociar com outros partidos, vê nesta sua opinião, agora, um pragmatismo o de outros vêem incongruência: "Não se pode combater partidos de massas sem sermos um partido de massas. E o
PSD já não é um. Não se consegue derrotar partidos de dialética marxista sem trabalharmos nós próprios a nossa dialética" e de si, fala assim: "Se fui um homem de maiorias absolutas durante 40 anos é porque soube ser pragmático. Se a solução é esta, vamos para esta".
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