”Quem” nomeia e quanto custa?...
Faltou esta Pedagogia no “parlamento jóvem” da nossa Assembleia Legislativa.
Infelizmente"
O Parlamento Jovem, na Assembleia Regional, debateu um tema recorrente no novo mundo da informação, as notícias falsas ou como gostamos muito de dizer, obviamente em inglês para "fiar mais fino", as "fake news", sendo que uma das propostas até foi a criação de um selo para distinguir os bons e os maus, desconhecendo-se a forma de exercício desse filtro, designadamente quem faz e como faz. Ou se os órgãos ditos de referência, que já auferem elevados valores financeiros oficiais, em vertentes de Mediaram, publicidade institucional e outros expedientes, garantem desde logo essa credibilidade pela ligação que têm aos poderes instituídos, que por sua vez sentem uma maior segurança para circunscrever a área "controlada" da informação, o que hoje está posto em causa pelo mundo digital, para onde curiosamente o poder regional quer fazer a transição e diz que é aí que está o futuro. E é na realidade.
Mas essa transição digital não pode ser apenas positiva para aquilo que serve, mas para a informação e o que se classifica como tradicional já não funcionar da mesma forma. E o mundo digital da informação, não podendo obviamente ser controlado, tem realmente esses perigos das notícias falsas. Mas também permite, e essa é uma preocupação dos poderes, a circulação de notícias verdadeiras, que os órgãos de referência secundarizam ou omitem mesmo. Digital não pode ser sinónimo de notícia falsa. Impresso também não. E os riscos dos novos tempos não podem ser vistos apenas por um prisma quabdo interessa.
O presidente da Assembleia tem sido um defensor da "boa" informação ou informação de referência, apontando que esta deve ser apoiada pelos governos, o que é discutível do ponto de vista global mas compreensível no contexto madeirense onde por exemplo os jornais não teriam qualquer hipótese de sobrevivência sem os muitos apoios oficiais que recebem e cujo montante surpreenderia muitos se devidamente contabilizado. Mesmo o Diário, que tem uma carteira de publicidade privada maior, relativamente ao JM, conseguiria sobreviver com o padrão de empresa "saudável" que ostenta, sabendo-se que as assinaturas - um modo de "vida" muito próprio dos jornais regionais - estão em queda acentuada e quase em extinção, uma grande parte corresponde a serviços oficiais, o mesmo acontecendo com as vendas avulso das edições impressas - uma nova realidade que abrange várias gerações - o que já obriga as empresas a uma "emigração" para o digital, onde a aposta deve ser ainda maior para garantia do futuro, mas cuja forma de trabalhar é diferente da edição impressa e não pode ser vista como "apêndice" do papel, como em muitas situações acontece.
José Manuel Rodrigues diz que "as notícias falsas são uma das principais ameaças à nossa democracia”. Numa era marcada pela globalização “cada um de nós pode produzir notícias e com essas notícias produzir impactos negativos na nossa sociedade”, e esse é um dos maiores riscos sociais da Era da internet.
Há uma necessidade de criar uma cultura de literacia mediática e aqui a escola tem um papel fundamental”.
Quem reagiu ao que se passou no Parlamento foi o antigo presidente do Governo Alberto João Jardim, sempre "em cima" do que vai acontecendo na política e com a Assembleia "debaixo de olho". No Facebook, disse que "a Democracia tem de saber viver e dominar seus riscos.
Tontice criar MAIS UMA comissão
- de censura?
- para definir “boa”e “má”Informação (fake-news).
”Quem” nomeia e quanto custa?...
Faltou esta Pedagogia no “parlamento jóvem” da nossa Assembleia Legislativa.
Infelizmente.
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