"A receita é outra. Agora amanhem-se", escreve o antigo presidente do PSD-M e do Governo
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Alberto João Jardim tem andado com grande atividade, ainda mais desde que "aderiu" às novas tecnologias, que vão além dos artigos de opinião que publica, regularmente, no JM, o último foi sobre os cinco princípios da alteração da Lei de Finanças Regionais. Hoje, nos meios digitais, foi "recado" forte. Calcula-se o ou os destinatários.
Tanto no Twitter como no Facebook, o antigo presidente do Governo Regional não deixa de enviar mensagens, mesmo para dentro do seu partido, sobretudo porque não esquece o que considera ter sido uma mobilização interna, envolvendo, como disse na altura, o pagamentos de quotas e entradas de novos militantes, em série, que não raras vezes insinuou estar ligada à sua saída e à dita renovação que o sucedeu. Fazer número para engrossar militância de superfície.
Jardim nunca perdoou alguns dos que se colocaram ao lado de Albuquerque, não por uma transição pacífica, mas por meios reveladores de alguma hostilidade, até do regime ao qual estiveram ligados durante precisamente o jardinismo. São fraturas qye o PSD-M ainda não resolveu na totalidade.
Hoje, no Facebook, Jardim manda uma "indireta", que só pode ter um alvo, o seu partido, depois de há dias, a propósito da coligação autárquica PSD/CDS, ter elogiado Rui Barreto escrevendo que "bem o Líder regional CDS. Primeiro, o Interesse Coletivo. Segundo,a estabilidade e a solidez governativa. Só depois o paroquialismo partidário autárquico,
subvertido por inscrições e quotas pagas por terceiros golpistas".
Acontece que esta referência ao pagamento de quotas, Jardim deve saber isso muito bem, não pode ser um recado para o CDS, diferente do PSD neste domínio da quotização. De facto, o CDS não tem regime obrigatório de quotas, é facultativo o pagamento, havendo apenas uma referência nacional, anual, de 6 euros. Quem quer, paga, quem não quer, não paga.
Como Jardim deve saber isso, esta deve ser para consumo social democrata, uma espécie de 'remexer" o passado, quem sabe, com pedidos de unidade à pressa sempre que se aproximam desafios eleitorais. Eis o que escreve Jardim:
"Uma “família partidária”nada tem a ver com uma maioria sem Ideologia, cujas inscrições e quotas alguém pagou para um projeto de poder pessoal ou de facção.
A receita é outra. Agora amanhem-se!"
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