"Os 9 milhões a mais nem dão para cobrir a taxa de inflação. Além de que não resolvem os grandes assuntos da Região, como a Lei de Finanças Regionais, a Zona Franca, o sistema fiscal próprio..."
Alberto João Jardim está "estupefacto" com a posição de "alegria das senhoras deputadas" da Madeira na Assembleia da República, no caso Sara Madruga da Costa (PSD-M) e Marta Freitas (PS-M), a propósito das verbas que cabem à Madeira na proposta de Orçamento de Estado para 2023. São mais 9 milhões relativamente a 2022, 181 milhões euros da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, os outros 45 milhões de euros serão transferidos no âmbito do fundo de coesão. O Governo da República prevê ainda transferir para a Região até 22.300.000 euros da construção do novo Hospital. Um milhão a mais é o montante para os municípios.
O antigo presidente do Governo Regional, que regressou aos comentários na RTP Madeira depois de um período de férias que passou por Albânia e Macedónia do Norte, não compreende essa alegria das parlamentares da Madeira, uma vez que "os 9 milhões nem dão para cobrir a taxa de inflação. Além de que não resolve os grandes assuntos da Região, como a Lei de Finanças Regionais, a Zona Franca, sistema fiscal próprio. Não é este o orçamento que resolve o futuro da Madeira".
Jardim diz que em matérias importantes para a Madeira não vê nada a acontecer, o que contrasta com as declarações de Sara Madruga, na RTP-M, onde disse esperar um bom Orçamento e abriu a porta, talvez "escancarou" mesmo, a uma negociação com o PS e com o Governo da República. E é isso que Jardim afirma não entender.
Para o antigo líder do Governo diz que este Orçamento de Estado é um tapa buracos. A classe média vai levar mais uma machadada, há um nivelamento por baixo".
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