Em entrevista demolidora à SIC, o antigo presidente do partido e do Governo Regional diz que o PSD vai de "vitória em vitória até à derrota final".
O antigo presidente do Governo Regional e antigo líder do PSD Madeira Alberto João Jardim, foi demolidor para o atual líder do partido, que acaba de ganhar as eleições regionais com 36,13% dos votos, mas perdendo votos e deputados, uma tendência de descida que vem registando há algum tempo. Jardim defende a "demissão" de Miguel Albuquerque por "não conseguir unir o partido" e, já agora, leve três ou quatro "sequazes" para que "se possa unir de novo o PSD".
O antigo líder deu uma entrevista à SIC, com declarações de "ruptura" que vão extremar as divergências entre facções, e disse que a vitória de Albuquerque parece aquela frase de "vitória em vitória até à derrota final", considerando que o atual líder começou a "enfraquecer PSD por dentro e, por isso, devia sair.
Jardim diz-se triste com os resultados: "Uma pessoa como eu, que tinha criado um partido hegemónico, ver agora um terço de votos e um terço dos deputados, sinto uma grande tristeza".
Defende que face ao cenário político, sem maioria absoluta, Albuquerque deveria falar com o segundo maior partido, o PS, e se não fosse possível falava com os outros. E se estes recusassem, dava a conhecer publicamente as negociações dizendo que quer estabilidade mas os outros não. Ou seja, Jardim pretende, com esta estratégia, passar a responsabilidade para os outros partidos por não haver estabilidade.
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