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Foto do escritorHenrique Correia

Jardim quer Jorge Carvalho para presidente do Governo sem eleições



Esta ideia de Jardim parecer ser de difícil execução, uma vez que não só Albuquerque quer manter o poder, para o qual está legitimado, mas também Manuel António não vai permitir estes "arranjos" para "mudar e ficar tudo na mesma".



Já há "fumo branco" relativamente a um dos nomes que Alberto João Jardim está a pensar para ser o próximo presidente do Governo, de consenso, sem passar por eleições. Caso a moção de censura seja aprovada, seria um nome para levar ao Representante da República com o apoio garantido de suporte parlamentar relativamente à maioria absoluta (24 deputados).

Jorge Carvalho é a figura consensual que o antigo presidente do Governo e do PSD-M falou na recente entrevista à CNN Portugal, onde disse inclusive que a alternativa a Miguel Albuquerque, nesta transição, seria um elemento que o próprio Albuquerque não poderia recusar atendendo a que foi, ele próprio, o autor da escolha para o Governo. O que encaixa no nome de Jorge Carvalho, que é um dos governantes da confiança de Albuquerque, o único que está desde a primeira hora de governação, em 2015.

"Fontes" ligadas ao processo garantem que não sendo aquela figura com o perfil de Albuquerque ou de Jardim, Jorge Carvalho tem a vantagem de ser pacificador, o que a concretizar-se iria implicar uma aproximação de facções no partido, designadamente de Miguel Albuquerque e de Manuel António Correia. O que, diga-se, seria uma missão quase hercúlea atendendo ao que está em cima da mesa no conturbado momento da política madeirense e da política partidária.

Sabe-se, no entanto, que aconteça o que acontecer, esta ideia de Jardim parecer ser de difícil execução, uma vez que não só Albuquerque quer manter o poder, para o qual está legitimado, mas também Manuel António não vai permitir estes "arranjos" para "mudar e ficar tudo na mesma", até porque os seus apoiantes acreditam que é o único capaz de protagonizar a mudança que, em sua opinião, o partido precisa.

Recorde-se que "o antigo presidente defende que o futuro líder do PSD-M devia sair de uma pessoa que ainda não tenha aparecido, o partido está dividido em dois. Não é havendo um Congresso do PSD Madeira, num colégio armadilhado, que se resolve a situação da liderança. A minha solução é encontrar uma alternativa através de uma figura que tenha a concordância das facções internas".

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