Esta ideia de Jardim parecer ser de difícil execução, uma vez que não só Albuquerque quer manter o poder, para o qual está legitimado, mas também Manuel António não vai permitir estes "arranjos" para "mudar e ficar tudo na mesma".
Já há "fumo branco" relativamente a um dos nomes que Alberto João Jardim está a pensar para ser o próximo presidente do Governo, de consenso, sem passar por eleições. Caso a moção de censura seja aprovada, seria um nome para levar ao Representante da República com o apoio garantido de suporte parlamentar relativamente à maioria absoluta (24 deputados).
Jorge Carvalho é a figura consensual que o antigo presidente do Governo e do PSD-M falou na recente entrevista à CNN Portugal, onde disse inclusive que a alternativa a Miguel Albuquerque, nesta transição, seria um elemento que o próprio Albuquerque não poderia recusar atendendo a que foi, ele próprio, o autor da escolha para o Governo. O que encaixa no nome de Jorge Carvalho, que é um dos governantes da confiança de Albuquerque, o único que está desde a primeira hora de governação, em 2015.
"Fontes" ligadas ao processo garantem que não sendo aquela figura com o perfil de Albuquerque ou de Jardim, Jorge Carvalho tem a vantagem de ser pacificador, o que a concretizar-se iria implicar uma aproximação de facções no partido, designadamente de Miguel Albuquerque e de Manuel António Correia. O que, diga-se, seria uma missão quase hercúlea atendendo ao que está em cima da mesa no conturbado momento da política madeirense e da política partidária.
Sabe-se, no entanto, que aconteça o que acontecer, esta ideia de Jardim parecer ser de difícil execução, uma vez que não só Albuquerque quer manter o poder, para o qual está legitimado, mas também Manuel António não vai permitir estes "arranjos" para "mudar e ficar tudo na mesma", até porque os seus apoiantes acreditam que é o único capaz de protagonizar a mudança que, em sua opinião, o partido precisa.
Recorde-se que "o antigo presidente defende que o futuro líder do PSD-M devia sair de uma pessoa que ainda não tenha aparecido, o partido está dividido em dois. Não é havendo um Congresso do PSD Madeira, num colégio armadilhado, que se resolve a situação da liderança. A minha solução é encontrar uma alternativa através de uma figura que tenha a concordância das facções internas".
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