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  • Foto do escritorHenrique Correia

José Luís Nunes até pode fazer o que Miguel Mendonça já fez


O médico já disse que gostaria de acumular a condição de deputado com a de presidente da Assembleia Municipal do Funchal, cargo que ocupa presentemente. E pode fazê-lo, uma vez que a liderança da AM não é remunerada.





A novidade da lista da Coligação PSD/CDS candidata às eleições regionais de 24 de setembro é o médico José Luís Nunes, em terceiro, à frente só mesmo os líderes dos partidos parceria, Miguel Albuquerque pelo PSD e Rui Barreto pelo CDS.

Esta escolha do pediatra com relevante carreira clínica, está a ser interpretada como uma mensagem de Albuquerque relativamente à hipótese de fazer regressar a liderança da Assembleia ao PSD depois de em 2019 ter sido inevitável a entrega do cargo ao CDS, através de José Manuel Rodrigues, que funcionou como o "fiel da balança" que era conveniente ter "controlado".

É verdade que Miguel Albuquerque fez recentemente um elogio rasgado a José Manuel Rodrigues depois de vários setores do PSD terem admitido que a continuidade do atual presidente seria como que um mal menor se eventualmente a escolha do candidato fosse para Cunha e Silva, cuja presença não era pacífica. E de tal forma que acabou por não figurar na lista.

Neste contexto, apesar do elogio, que em política às vezes é para "despachar", há quem veja a presença de José Luís Nunes como o prenúncio de uma escolha para a presidência da Assembleia, sendo também um indicador o facto de se tratar de um homem da confiança de Pedro Calado, que apontam como o mais natural "sucessor" de Albuquerque.

O médico já disse que gostaria de acumular a condição de deputado com a de presidente da Assembleia Municipal do Funchal, cargo que ocupa presentemente. E pode fazê-lo, uma vez que a liderança da AM não é remunerada. E José Luís Nunes até pode acumular a presidência da Assembleia Regional com a presidência da Assembleia Municipal, o que nem seria o primeiro caso, isso já aconteceu com Miguel Mendonça, também médico, que foi presidente do Parlamento e presidente da Assembleia Municipal de Santana (Miguel Mendonça foi eleito presidente da assembleia regional, em 94, a meio da legislatura (92-96), dado que Nelio Mendonca saiu para o Parlamento Europeu. Mendonça já era, então, presidente da AM de Santana).

Mas o que José Luís Nunes não pode, se for presidente da Assembleia Regional, é exercer a atividade profissional remunerada em função dos níveis de exclusividade do principal órgão da Autonomia.

Sabe-se que Albuquerque tem ideias formadas sobre o assunto e até pode acontecer que tenha estancado, por negociação, os eventuais conflitos que o caso possa suscitar. O resultado das eleições pode ser uma grande ajuda para o líder social democrata.

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