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José Luís Nunes foi escolha pessoal de Albuquerque para travar mexidas internas

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia


Para os PDD's que estavam a assistir de "plateia" foi "uma posição inteligente" de escolher José Luís Nunes resolvendo o problema e não alargando os amuos





Miguel Albuquerque já tinha reconhecido a dificuldade na elaboração da lista da Coligação "Somos Madeira", entre PSD e CDS, às Regionais de 24 de setembro. É sempre difícil, mesmo para um partido que tem muitos lugares para oferecer com alguma garantia que os mais de 40 anos de governação lhe conferem. Mesmo assim, é uma decisão complicada e em muitos casos o líder "isola-se" e decide sozinho depois de ponderar os prós e os contras. Como o povo diz "maior a nau, maior a tormenta" e é preciso garantir que os amuos não tenham grandes influências.

É neste contexto que nos corredores do PSD têm existido comentários relativamente ao que esteve na origem do "trunfo" que Miguel Albuquerque tirou da "manga" para um lugar considerado de "briga", o terceiro da lista, logo a seguir às escolhas pacíficas de Miguel Albuquerque e Rui Barreto. O terceiro lugar é de disputa interna pelos que se consideraram elegíveis para esse destaque e por razões diferentes, mas todos se movimentaram em larga escala para incluírem a lista. Foram almoços/jantares com convidados escolhidos cirurgicamente para fazer "grupo de influência", foram idas à Quinta Vigia, houve de tudo para convenceram Miguel Albuquerque nas escolhas, sendo que a uns o líder disse mesmo que não a determinadas ambições mas vão na lista, e a outros pura e simplesmente não escolheu. E foi para uma decisão "salomónica", o terceiro nem para uns nem para outro, o que para os PDD's que estavam a assistir de "plateia" foi, como nos disseram, "uma posição inteligente" de escolher José Luís Nunes resolvendo o problema e não alargando os amuos que sempre iriam existir. E ainda consegue pôr José Manuel Rodrigues em "sentido" ao deixar no ar a possibilidade do médico José Luís Nunes poder vir a ser a "reserva" para uma presidência da Assembleia Regional, o que dentro do PSD-M também não será pacífico por muitos acharem que não tem perfil, além de Jaime Filipe Ramos já ter desabafado que José Manuel Rodrigues até tem sido um bom presidente do Parlamento na perspetiva do PSD, melhor do que se fosse do partido.

A realidade é que Albuquerque conseguiu, de certo modo, evitar mais problemas além dos normais, garantindo um terceiro lugar que é figura de "Senado", uma reserva com peso popular, um prestigiado pediatra, embora entretanto com alguns anticorpos face à entrada tardia na política ativa e logo com este destaque, presidente da Assembleia Municipal do Funchal e agora terceiro na lista de candidatos a deputado.

E simultaneamente, Albuquerque "fugiu" das "investidas" dos que pretendiam algum esboço de "sebastianismo" e conseguiu fazer no PSD-M o que Sérgio Gonçalves não conseguiu fazer no PS-M: proteger os ativos das Autarquias que lideram. O que aliás também não aconteceu com o JPP. E mais, como tem muitos lugares para prometer, assegurou os vices da Assembleia, os jovens, as mulheres mesmo sem o rigor da paridade. As estruturas intermédias do partido acham que fez um bom trabalho. A prova será a 24.

Relativamente ao CDS, anda a falar pouco. As ações de campanha têm integrado elementos dos dois partidos, mas a marca pensada para o exterior, de forma e de conteúdos, é preparada pela máquina do PSD numa perspetiva de manter a coligação mas deixar o resto "para quem sabe de vitórias", garantem-nos.


 
 

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