A opinião é do deputado social democrata Carlos Rodrigues em declarações ao Expresso

As expetativas são grandes relativamente ao futuro de José Manuel Rodrigues, o atual presidente da Assembleia eleito em 2019 em virtude da o "negócio" da coligação que permitiu ao PSD continuar a governação regional, pela primeira vez necessitando de um acordo para a maioria absoluta, no caso com o CDS.
Rodrigues funcionou como o deputado 24, o fiel da balança, que a todo o momento podia decidir, para um lado e para o outro. Negociou a presidência da Assembleia e como Albuquerque não queria problemas no Parlamento, acabou por ceder a liderança do principal órgão da Autonomia ao CDS, o que lhe valeu algumas discordâncias internas no PSD.
Agora, nas Regionais de 2023, o cenário político mudou, não se sabe que peso terá o CDS na coligação, mas a forma como José Manuel Rodrigues exerceu o cargo poderá constituir um obstáculo se o pensamento de Albuquerque for no sentido da substituição fazendo regressar a liderança parlamentar a um deputado do PSD.
Em declarações ao Expresso, o parlamentar social democrata Carlos Rodrigues reage quando confrontado com o novo enquadramento: “Vamos ver. Acho que temos
margem para conseguir uma maioria mais folgada. Se isso acontecer, se tivermos mais de 24 deputados não tenho dúvidas que
a presidência da Assembleia volta a ser nossa.”
Diversas fontes têm adiantado que Miguel Albuquerque estaria a ponderar manter o apoio a José Manuel Rodrigues para liderar o Parlamento na próxima Legislatura, sendo que o recente elogio público do presidente do Governo veio colocar o homem do CDS num patamar mais fácil para novo mandato se a coligação ganhar as eleições.
Existe, também, uma tendência interna no sentido de avançar com Cunha e Silva, que no entanto tem alguns anti-corpos que lhe retiram popularidade. Um desses militantes que defende a opção pelo antigo vice do Governo é Miguel Sousa, que tem mantido uma autêntica "cruzada" contra José Manuel Rodrigues criticando o que afirma ter sido "uma chantagem" do centrista em 2019.
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