Parceiro de Governo uma vez e "meio parceiro" no Parlamento, uma segunda vez, deixa mensagem ao PSD que à terceira não "cai".

"O partido maioritário fala na necessidade da mesma estabilidade e de termos acordos partidários, mas foi o primeiro a furar o entendimento parlamentar com o CDS e a se lançar numa fuga para a frente que não se sabe onde acabará”. Foi assim que o lider do CDS, partido que segurou o Governo uma vez integrando Executivo, e fez que segurou, sem segurar, uma segunda vez no Parlamento, aqui insuficiente para a maioria absoluta, definiu a relação de parceiros de outrora. José Manuel Rodrigues deixa um recado/aviso ao PSD: “Não esquecemos o comportamento errático da sua liderança e tiramos as devidas ilações”.
Foi num denominado jantar de pré-campanha para as Regionais de 23 de março que o líder centrista deixou uma mensagem de demarcação da governação do PSD-M, uma nota que já mereceu um comentário por parte do antigo vice presidente do Parlamento, Miguel Sousa, na sua página do Facebook: "CDS culpa PSD e Oposição pela crise política. Então o CDS é culpado duas vezes".
Neste jantar convívio, no concelho de Machico, José Manuel Rodrigues declarou que “o CDS foi o único partido que revelou sentido de responsabilidade em toda esta crise política; foi o único partido que percebeu a mensagem do eleitorado, transmitida nas eleições em setembro de 2019, em setembro de 2023 e em maio do ano passado: quando o povo não quer dar, e bem, a maioria absoluta a um só partido, é dever de todos os outros partidos se entenderem no Parlamento para dar estabilidade política e governabilidade à Região. O CDS parece ter sido o único partido a perceber o que é esta vontade do povo e esta realidade normal em Democracia”.
Onde muitos querem dividir, o CDS quer unir; onde alguns desejam diminuir, o CDS quer somar e agregar; onde outros pretendem fechar portas, o CDS quer abri-las; onde quase todos trocam acusações, o CDS apresenta soluções”, vincou.
Numa sala repleta de juventude, o presidente aproveitou a oportunidade para elencar soluções válidas para os problemas da Madeira e dos Madeirenses e comunicou, também, que o CDS apresenta-se a estas eleições, de 23 de março, com listas próprias, com o dever cumprido, confiando na escolha dos Madeirense e Porto-santenses, e apresentando como sempre, um conjunto de propostas que consideramos prioritárias para termos crescimento económico com mais justiça social, proteção dos mais velhos, incentivos e oportunidades aos mais novos, tendo em vista uma sociedade mais justa e harmoniosa.
O presidente dos centristas voltou a lembrar que, “é verdade que o PSD revelou uma enorme incapacidade para resolver os seus processos judiciais e as suas divisões internas e não teve capacidade negocial para evitar esta crise e a convocação de eleições; mas é também verdade que os partidos ditos da oposição revelaram toda a sua irresponsabilidade ao derrubar o governo e ao chumbar o orçamento para este ano sem terem uma alternativa”.
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