José Manuel Rodrigues vai fazer acordo com o PSD; reunião ao final da tarde

"Não faço questão de ser presidente da Assembleia, desempenhei o cargo durante cinco anos, não depende disso um acordo com o PSD, existem outras soluções"

Já houve uma conversa telefónica com Miguel Albuquerque e o encontro formal será ao final da tarde.

O líder do CDS e deputado único dos centristas no Parlamento vai reunir com Miguel Albuquerque, no final da tarde desta segunda-feira, para chegar a um entendimento de governo de estabilidade para quatro anos. O PSD teve 23 deputados e precisa de mais um para a maioria absoluta, sendo que o CDS mesmo perdendo um deputado ganhou papel decisivo nessa mesma maioria absoluta parlamentar.

A revelação sobre o encontro foi feita pelo próprio José Manuel Ribeiro em exclusivo para a RTP-M, onde no passado já foi jornalista.

O líder centrista disse ter falado já com Miguel Albuquerque, via telefone, tendo ficado acertado um encontro para o final da tarde com o objetivo de encontrar uma solução de governo de estabilidade. José Manuel Rodrigues garante que o CDS vai exigir, em primeiro lugar, "a inclusão de propostas apresentadas durante a campanha considerando que há diferenças entre os dois partidos e as coligações não são fusões". Adianta que 'não há nada estabelecido ainda, em termos formais, se é acordo de incidência parlamentar ou coligação, vai depender da reunião desta tarde. Não está nada definido quanto a lugares e José Manuel Rodrigues, que tem negociado com o PSD a presidência da Assembleia, diz que essa questão não está em cima da mesa neste momento. Vamos antes estabelecer qual o figurino do acordo e procurar incluir medidas que visam o equilíbrio da distribuição da riqueza, a habitação e a inflação que tem vindo a crescer, com o empobrecimento de algumas famílias da classe média. Primeiro as medidas e depois os cargos. Não faço questão de ser presidente da Assembleia, desempenhei o cargo durante cinco anos, não depende disso um acordo com o PSD, existem outras soluções de poder colaborar nesta solução de governo de estabilidade".

Esta solução deita por terra qualquer tentativa de governo alternativo ontem avançada pelo JPP, o que implicaria um acordo com toda a oposição. Sem o CDS, nada feito.