top of page
Buscar

JPP investiga: Rameventos faturou 1 milhão de entidades públicas

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia



Empresa sem funcionários organizou viagem de Albuquerque à Venezuela e o contrato foi assinado pelos administradores de então, que simultaneamente, eram administradores do Diário e do JM.



O JPP veio hoje a público referir que "vai intensificar a componente de investigação dos atos do Executivo regional e das manobras de agências paralelas que estão sob o controlo dos Donos Disto Tudo (DDT".

O secretário-geral do partido, Élvio Sousa, enunciou que o objetivo é trazer a público “quem se alimenta da manjedoura do Orçamento Regional”. Revela o que diz ser “um dos exemplos mais encobertos desta rede de ‘assalto’ aos cofres regionais, a RAMEVENTOS, uma empresa de fachada constituída em janeiro de 2019”.

De acordo com a investigação conduzida pelo JPP, “A Rameventos já faturou, em quatro anos, mais de 1 milhão de euros com entidades públicas, totalizando 27 contratos. O curioso é que esta empresa especializada em organizar jantaradas, convívios e viagens, e que faturou mais de um milhão de euros, não tinha até 2023 um único funcionário registado nos seus quadros, um caso insólito!”

Élvio Sousa contextualiza um momento particular desta empresa: “Recordamos que a Rameventos foi a entidade escolhida pelo Governo Regional para organizar a milionária e faustosa viagem de Albuquerque à Venezuela e cujo processo está a ser investigado pelo Ministério Público”, confirma.

O JPP não refere, mas é de recordar que esta empresa organizou a viagem de Miguel Albuquerque à Venezuela e o contrato foi assinado pelos administradores de então, que simultaneamente, eram administradores do Diário e do JM, totalizando um valor de 90 mil euros mais IVA. Uma empresa, no mínimo, em conflito de interesses pelas funções então desempenhadas pelos administradores, por um lado organizando viagens oficiais e por outro gerindo órgãos de informação.

Na nota hoje enviada, o JPP lembra que a sua investigação "ficou implícito o desconforto dos agentes de comunicação, pelo facto de os dados alegadamente ilegais dos bilhetes de Albuquerque e da sua companheira terem sido emitidos nove dias antes do procedimento concursal, e daquela empresa ligada ao Grupo Sousa, ter sido a única a responder ao concurso apenas 15 minutos antes do fecho do prazo.”

“Importa, também, mostrar a coincidência dos clientes públicos desta empresa satélite ou de fachada do Grupo Sousa serem maioritariamente do PSD e CDS, nomeadamente a própria presidência do Governo, as secretarias regionais, as sociedades de desenvolvimento, as câmaras maioritariamente PSD e a própria Assembleia Legislativa Regional”, refere.


38 visualizações

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
Madeira ponto logo.png
© Designed by Teresa Correia
bottom of page