“Médicos e enfermeiros continuam a trabalhar ainda hoje em completo blackout. É o caos. Nem marcar ou remarcar consultas e exames é possível porque não há acesso às referenciações".
"Quatro dias volvidos desde o primeiro impacto massivo do ciberataque que atingiu o Sistema Regional de Saúde, é extremamente preocupante, inaceitável até, que se continue a trabalhar totalmente às escuras num setor de importância crítica para as pessoas”, atira o Presidente do PS-Madeira, Sérgio Gonçalves, em comunicado divulgado hoje".
Esta nota do gabinete de comunicação do partido socialista aponta que o líder do PS-M reivindica a necessidade urgente de “esclarecimentos cabais por parte do Governo”, defendendo ao mesmo tempo “a implementação imediata de medidas de mitigação das consequências negativas que esta situação tem para os utentes do SESARAM”.
Sérgio Gonçalves reage deste modo às notícias avançadas esta manhã dando conta da subsistência de constrangimentos graves no sistema de saúde da RAM.
“É muito importante que, nesta fase, as pessoas ganhem consciência do perigo real que todos estamos a correr, após um rapto desta envergadura, comprometendo dados pessoais extremamente sensíveis e bloqueando todo o nosso sistema de saúde”, assinala Sérgio Gonçalves, vincando a urgência de orientações claras para a população.
“Médicos e enfermeiros continuam a trabalhar ainda hoje em completo blackout”, avisa, indicando que “neste momento, temos perda total da base de dados dos doentes da RAM, perda total de rastreio oncológico e das listas de espera, inoperância total da gestão de medicamentos e seus respetivos stocks, paralisia das consultas externas, impossibilidade de acesso aos processos dos doentes, do historial clínico, exames anteriores, análises, prescrições médico-farmacológicas”.
“É o caos. Nem marcar ou remarcar consultas e exames é possível porque não há acesso às referenciações”, resume o presidente socialista, que não admite encaixar “críticas convenientes sobre aproveitamento político por parte de responsáveis governativos que acenam de longe com apelos próprios de vítima de catástrofe”.
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