Largo da Fonte com grande praça vai para obras em 2024; veja as imagens
- Henrique Correia
- 14 de ago. de 2023
- 5 min de leitura
Os taludes da encosta serão alvo de intervenção, que implica um projeto de estruturas, para garantir a devida contenção dos muros.




O presidente da Câmara do Funchal prometeu um anúncio "público" sobre a requalificação do Largo da Fonte quando há dias apresentou as tradicionais Festas cujos pontos altos são hoje (14 de agosto), a véspera, e amanhã (15), o dia do Monte.
Esse anúncio "público" ocorreu hoje através do JM, onde o presidente da Câmara dá conta da naturalmente da sua satisfação sobre um projeto que vai mudar uma zona emblemática da freguesia turística, onde se juntam componentes como a natureza, a religião e a História.
O objetivo é que as obras comecem em 2024 depois do Governo regularizar a canalização do ribeiro, sendo que a requalificação vai proporcionar uma zona de lazer diferente mas ao mesmo tempo preservando as caraterísticas únicas da zona. A segurança acima de tudo.
Esta manhã, nas plataformas digitais da Autarquia, é publicado um texto onde refere que o JM "teve acesso" ao documento, sendo de presumir que a CMF também teria esse acesso, uma vez que acrescenta que "o projeto, elaborado pelo Prof. Doutor Gerald Luckhurst, arquiteto paisagista de renome internacional e profundo conhecedor da ilha da Madeira e dos seus jardins, salvaguarda o património arbóreo e histórico existente no Largo da Fonte e na respetiva encosta, em harmonia com os elementos de carácter cultural e religioso da freguesia, nomeadamente a Fonte da Nossa Senhora, a Igreja do Monte, a antiga Estação do Caminho de Ferro, o Coreto e o Café do Parque.
“É fundamental criarmos condições para que os moradores e visitantes possam voltar a usufruir deste espaço urbano com comodidade, utilidade e prazer”, defende o Presidente da Câmara Municipal do Funchal".
"As obras deverão avançar no próximo ano, e terão impacto, uma vez que implicam escavações para extrair as raízes das árvores abatidas, algumas das quais com 4 metros de profundidade. Escavações essas que também serão necessárias para acomodar as caldeiras dos novos espécimes.
A proposta do arquiteto paisagista Gerald Luckhurst aponta para Plátanos (Platanus x acerifólia), Ginkgos (Ginkgo biloba) e Magnólias (Magnolia x soulangeana).
Este conjunto de espécies foi eleito por suas características complementares que oferece sombra, cor de outono e floração na primavera".
O texto publicado no Facebook, sublinha que
"nos canteiros do Jardim da Encosta do Monte são propostas plantações de árvores da Floresta Laurissilva Madeirense. Tudo indica que sejam escolhidos e plantados exemplares de forma multicaule ou em pequenos grupos de exemplares jovens, nomeadamente Til (Ocotea foetens); Samouco ou Myrica (Morella faya) e Loureiro de Madeira (Laurus novocanariensis).
Estas espécies foram escolhidas para promover a biodiversidade das plantações e para segurar os terrenos da encosta, através dos seus sistemas radiculares, evitando a formação de altos troncos singulares e diligenciando na manutenção a formação de grupos multicaules de media altura.
Intervenção na encosta para garantir segurança".
Antes disso, "os taludes da encosta serão alvo de intervenção, que implica um projeto de estruturas, para garantir a devida contenção dos muros, a sua estabilidade, a drenagem dos terrenos e a segurança na circulação apeada.
Os pavimentos, com predominância do basalto e dos seixos, serão recuperados e preservados. Todo o material proposto é de pedra basalto regional, embora em diversos formatos: calhau redondo, paralelepípedos, lancis, caminhos rurais e valetas.
O mobiliário urbano vai respeitar a envolvência, a história e tradições do Monte, e a luminária será mais eficiente do ponto de vista energético.
O plano paisagístico apresentado tem em conta as necessidades de ocupação do espaço em eventos com as celebrações de Nossa Senhora do Monte e garante a boa circulação.
As obras deverão arrancar no próximo ano e, certamente, irão condicionar os acessos ao Largo da Fonte durante os 2 anos seguintes, pelo que as Festas do Monte deverão ficar circunscritas aos arruamentos adjacentes e ao Largo das Babosas.
“Sabemos que isso acarreta incómodos, mas não há outra forma de fazermos esta reabilitação. O Monte, pelo seu simbolismo e história, pelo que representa como cartaz emblemático do nosso turismo, merece esta intervenção. Temos de estar preparados para alguns sacrifícios que, no final, valerão a pena, resultando em algo de muito bonito para o Monte e para o Funchal”, sustenta Pedro Calado.nte e da Encosta dos Jardins do Monte.
O espaço, que ficou descaraterizado por consequência dos abates de árvores realizadas em agosto de 2021, será alvo de uma intervenção profunda, mas que terá ainda de aguardar pelas obras de reabilitação e canalização do ribeiro ali existe, numa empreitada que será lançada pelo governo regional. “Só depois, é que poderemos implementar o projeto de regeneração daquele espaço”, garante Pedro Calado, que já está em articulação com o presidente do governo regional.
O projeto, elaborado pelo Prof. Doutor Gerald Luckhurst, arquiteto paisagista de renome internacional e profundo conhecedor da ilha da Madeira e dos seus jardins, salvaguarda o património arbóreo e histórico existente no Largo da Fonte e na respetiva encosta, em harmonia com os elementos de carácter cultural e religioso da freguesia, nomeadamente a Fonte da Nossa Senhora, a Igreja do Monte, a antiga Estação do Caminho de Ferro, o Coreto e o Café do Parque.
“É fundamental criarmos condições para que os moradores e visitantes possam voltar a usufruir deste espaço urbano com comodidade, utilidade e prazer”, defende o Presidente da Câmara Municipal do Funchal.
Assim, a intervenção, segundo o memorando do projeto que o JM teve acesso, e que abrange uma área 5.850m2, pretende criar novas condições de vivência, recuperando a vegetação arbórea e promover espaços de estar sombreados, bem como estimular as suas funcionalidades, nomeadamente, a possibilidade de realização de várias atividades ao ar livre, criar melhores condições de conforto e estadia, e restabelecer as ligações do Largo da Fonte com os jardins circundantes, no sentido de realçar todo o sistema de vistas existente.
Obras com impacto vão acomodar novas árvores
As obras deverão avançar no próximo ano, e terão impacto, uma vez que implicam escavações para extrair as raízes das árvores abatidas, algumas das quais com 4 metros de profundidade. Escavações essas que também serão necessárias para acomodar as caldeiras dos novos espécimes.
A proposta do arquiteto paisagista Gerald Luckhurst aponta para Plátanos (Platanus x acerifólia), Ginkgos (Ginkgo biloba) e Magnólias (Magnolia x soulangeana).
Este conjunto de espécies foi eleito por suas características complementares que oferece sombra, cor de outono e floração na primavera.
Nos canteiros do Jardim da Encosta do Monte são propostas plantações de árvores da Floresta Laurissilva Madeirense. Tudo indica que sejam escolhidos e plantados exemplares de forma multicaule ou em pequenos grupos de exemplares jovens, nomeadamente Til (Ocotea foetens); Samouco ou Myrica (Morella faya) e Loureiro de Madeira (Laurus novocanariensis).
Estas espécies foram escolhidas para promover a biodiversidade das plantações e para segurar os terrenos da encosta, através dos seus sistemas radiculares, evitando a formação de altos troncos singulares e diligenciando na manutenção a formação de grupos multicaules de media altura.
Intervenção na encosta para garantir segurança
Antes disso, os taludes da encosta serão alvo de intervenção, que implica um projeto de estruturas, para garantir a devida contenção dos muros, a sua estabilidade, a drenagem dos terrenos e a segurança na circulação apeada.
Os pavimentos, com predominância do basalto e dos seixos, serão recuperados e preservados. Todo o material proposto é de pedra basalto regional, embora em diversos formatos: calhau redondo, paralelepípedos, lancis, caminhos rurais e valetas.
O mobiliário urbano vai respeitar a envolvência, a história e tradições do Monte, e a luminária será mais eficiente do ponto de vista energético.
O plano paisagístico apresentado tem em conta as necessidades de ocupação do espaço em eventos com as celebrações de Nossa Senhora do Monte e garante a boa circulação.
As obras deverão arrancar no próximo ano e, certamente, irão condicionar os acessos ao Largo da Fonte durante os 2 anos seguintes, pelo que as Festas do Monte deverão ficar circunscritas aos arruamentos adjacentes e ao Largo das Babosas.
“Sabemos que isso acarreta incómodos, mas não há outra forma de fazermos esta reabilitação. O Monte, pelo seu simbolismo e história, pelo que representa como cartaz emblemático do nosso turismo, merece esta intervenção. Temos de estar preparados para alguns sacrifícios que, no final, valerão a pena, resultando em algo de muito bonito para o Monte e para o Funchal”, sustenta Pedro Calado.
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