Foi esta a essência da observação da mãe da bebé e que deve ser o foco da reação das pessoas e da atenção das autoridades.
Uma notícia da publicação digital "Agoramadeira" deu origem a uma reação pública da mãe de uma bebé com Covid-19 que foi socorrida e levada ao Hospital, onde ficou na Unidade Covid-19. Nem a identidade da criança nem a da mãe ou qualquer familiar foram reveladas pela publicação, que obviamente fica fora de qualquer responsabilidade no assunto.
Mas esta informação tem interesse público na medida em que se trata de um assunto Covid-19, fortemente mediático como se sabe, mas também passou a sê-lo naquilo que diz a mãe da bebé, naturalmente reagindo e identificando-se em função do desespero que vive. O ponto fundamental não é é a identidade, é a referida observação da mãe da bebé, Carlota Brazão, relativamente à demora do socorro e naquelas circunstâncias todos os momentos parecem horas, ainda que efetivamente possa ter havido atraso nessa prestação do socorro e deverá, isso sim, ser objeto de reflexão para situações futuras.
O resto, a crítica sobre a exposição da filha e de um momento frágil da família, é o desabafo que surge na sequência da informação, sabendo-se que as questões relacionadas com a Covid-19 assumem, naturalmente, abordagem alargada e também naturalmente a informação faz o seu trabalho, desde que dentro dos limites.
"A minha filha a lutar entre a vida e a morte e ainda demoraram 2h e tal de tempo para virem socorre-la", foi esta a essência da observação da mãe da bebé e que deve ser o foco da reação das pessoas e da atenção das autoridades.
"Deveriam era ter muito mais respeito e muito mais dignação por partilharem estes assuntos que para os pais "é um assunto muito frágil", diz a mãe.
As reações nas redes sociais, claro está, são difíceis de balizar e algumas fogem ao razoável. Mas as redes sociais são assim mesmo, uma fonte de informações, que deve ser filtrada, mas também de muito disparate.
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