"Não trocamos projetos estruturais por tachos, cargos ou uma falsa união que não funcionaria".

O assumido opositor de Miguel Albuquerque, o antigo secretário regional de Governos de Jardim, veio a público reagir à inércia das estruturas do PSD-M relativamente ao pedido de um congresso extraordinário eletivo. A falta de resposta, o ganhar tempo com os prazos, os estatutos "esticados" ao limite, tudo isso está a preocupar a oposição interna, que insiste em ir a votos antes das eleições legislativas regionais.
Manuel António escreve que "após 19 dias do requerimento para a realização de um congresso extraordinário e eleições internas, os órgãos do PSD Madeira continuam a adiar uma decisão simples: convocar o conselho regional para se pronunciar. Os 540 militantes que assinaram este pedido merecem ser ouvidos".
O candidato não poupa a máquina de Miguel Albuquerque e faz acusações diretas com eventuais "atropelos" democráticos: "Desde as últimas eleições internas, os militantes têm sido condicionados, enfrentando dificuldades no pagamento de quotas, perseguições e exonerações. Agora, soma-se a manipulação dos órgãos do partido para impedir a realização do congresso. A responsabilidade é clara: o atual presidente, Miguel Albuquerque, que, a todo custo, tenta bloquear a expressão legítima dos militantes".
Para Manuel António Correia "é inaceitável que a democracia interna do partido seja manipulada desta forma. O PSD Madeira não é de um homem nem de um pequeno grupo, mas sim dos seus militantes. O partido precisa de eleições internas livres, transparentes e democráticas.
Se o ainda presidente do PSD Madeira não tem receio de conhecer a opinião dos militantes, que se demita, permita o processo democrático e possibilite a construção de uma estratégia para as eleições regionais.
O caos político e a instabilidade não são apenas causados pela falta de liderança, mas também pela falta de renovação e abertura ao diálogo. O PSD Madeira precisa de uma regeneração".
Manuel António é claro: "Não trocamos projetos estruturais por tachos, cargos ou uma falsa união que não funcionaria. Os projetos, as ideias, os valores e a coerência com que nos distinguimos são opostos aos atuais. Estes merecem ser apresentados aos militantes para que, em plena consciência e liberdade, possam decidir a melhor estratégia para a Madeira, a apresentar aos eleitores nas iminentes eleições regionais.
A Madeira e o PSD merecem mais: respeito democrático, transparência, estabilidade e a resolução urgente dos problemas que enfrentamos".
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