"Esta crise política está de há muito anunciada e é da inteira responsabilidade do ainda presidente do partido. É ele o problema, e não poderá ser a solução".
O antigo secretário regional e candidato derrotado por Miguel Albuquerque nas internas do PSD-M, Manuel António Correia, defendeu hoje novas eleições no partido. E se não houver abertura da atual liderança, promete reunir as assinaturas necessárias para forçar o Conselho Regional a convocar um Congresso Regional extraordinário eletivo, uma situação que não será muito difícil de acontecer dado que Manuel António, apesar da derrota, conseguiu quase metade da votação.
"Se o agora demitido do cargo de presidente do Governo Regional não se demitir da presidência do Partido, apresentaremos as assinaturas necessárias, para, nos termos dos respetivos estatutos, o Conselho Regional poder convocar um Congresso Regional extraordinário eletivo, possibilitando que os militantes possam escolher um novo presidente para o PSD-Madeira e um novo candidato a presidente do Governo Regional.
Nas eleições internas, serei candidato para unir o partido, recuperar a confiança dos Madeirenses e Porto-Santenses e para voltarmos a ter uma liderança que inspire esperança e devolva a credibilidade e estabilidade política à Região", disse Manuel António, esta tarde, numa comunicação reagindo à queda do Governo por via da aprovação da moção de censura.
Afirma o candidato que "esta crise política está de há muito anunciada e é da inteira responsabilidade do ainda presidente do partido.
É ele o problema, e não poderá ser a solução. Se o PSD-M for a eleições regionais com o Dr. Miguel Albuquerque como cabeça de lista, daqui a poucos meses estaremos na oposição ou continuaremos com o mesmo problema de instabilidade governativa.
O momento é sério e pode levar à destruição, por muito tempo, da Autonomia e da Social Democracia na Madeira e Porto Santo!
Ou mudamos ou o Povo muda-nos!
Mas quero dizer-vos que o PSD e a Madeira não ficarão órfãos.
Estou aqui para, de imediato, assumir as nossas responsabilidades na criação de soluções estáveis e credíveis, que unam o Partido e a Região.
Não pedimos que nos entreguem o poder; apenas que concedam aos militantes, de forma transparente e democrática, o direito de escolherem quem entendem ter melhores condições para representar o PSD e defender a Madeira, de entre os que se candidatem, incluindo, se assim o entender, o atual Presidente".
Manuel António garante: "Não haverá os nossos e os outros; todos somos AUTONOMISTAS SOCIAL-DEMOCRATAS, todos serão considerados e respeitados, e todos terão um papel a desempenhar neste projeto!
Acabou o tempo dos jogos de poder! Olhemos para os cidadãos e seus problemas".
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