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Foto do escritorHenrique Correia

Marcelo avisa: maioria absoluta não é seguro de vida para o Governo



Mas a oposição, que não constitui alternativa hoje, também "leva" do Presidente sobre a dissolução: "É melhor não dar isso por garantido porque o Presidente não é refém da oposição".




Marcelo Rebelo de Sousa pôs hoje a oposição e o Governo em sentido. Não pressionem, não vale a pena. O Chefe de Estado fará o que entender no momento que entender.

Foi esta a mensagem, em síntese, deixada por Marcelo em Vila Real. Mas mostrando, desde já, o que pensa sobre um dos episódios que deixa o Governo e o PS muito mal: a reunião de deputados socialistas e de membros do Governo, com a presença do deputado madeirense Carlos Pereira, com a CEO da TAP antes desta ser ouvida na Comissão de Inquérito à transportadora aérea. Como diz Marcelo, seria a mesma coisa que um professor universitário reunir com os alunos para preparar o exame que vai examinar. "Isso foi um desgaste desnecessário para as instituições. Por isso, pede-se ao Governo que tenha em conta estas situações que têm um desgaste muito superior aos factos"

Como tal Marcelo manda recado a quem pensa que está tudo adquirido:

"Da mesma forma que a oposição não pode dar por garantido que se empurrar o Presidente da República algum dia haverá dissolução - é melhor não dar isso por garantido porque o Presidente não é refém da oposição - também o Governo não pode dar por garantido que por ter maioria absoluta será o seguro de vida para não haver dissolução - o Presidente também não é refém do Governo. O Presidente não está nem no bolso da oposição nem no bolso do Governo, está no bolso dele".

O Presidente explica porque razão não dissolve a Assembleia da República. E compara com Sampaio, que dissolveu o Parlamento no Governo de Santana Lopes: "É tudo diferente. Primeiro, o dr. Jorge Sampaio estava no fim de mandato, eu não estou. Não havia guerra, não havia a inflação. Não havia os fundos europeus com prazos tão curtos para executar. A maioria da altura era liderada por um primeiro-ministro (Santana Lopes) que não tinha ido a votos. Depois, então, havia uma alternativa óbvia, hoje não há".

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