Apoios nacionais e europeus aconteceram num contexto de uma conversa entre o presidente do Governo e o Chefe de Estado.
O presidente da República disse hoje que falou com Miguel Albuquerque "há uma semana" sobre os incêndios na Madeira e revela que deverá vir à Madeira depois de passada a operação no terreno, um procedimento que o Chefe de Estado tem seguido na ocorrência de fogos nacionais desde que a Proteção Civil disse que a presença dos políticos no momento do combate só atrapalha.
Marcelo diz que o Representante da República está a seguir, em permanência, a evolução do fogo, referindo que Ireneu Barreto, como já foi anunciado, visita instituições na segunda-feira 26 de agosto.
Sabe-se que a conversa entre Marcelo e Miguel Albuquerque decorreu no sábado passado, dia em que a Região pediu ajuda à República, o que aconteceu à tarde depois de uma negação desse apoio pela manhã, degundo revelou o secretário de Estado da Proteção Civil.
Não sendo certo que o pedido tenha acontecido por influência de Marcelo, a verdade é que a decisão aconteceu nesse contexto de indefinição da Madeira, pelo que se admite alguma influência do Chefe de Estado a reforçar o descontentamento da opinião pública e a constatação por parte das autoridades regionais que tinha chegado ao momento de pedir ajuda.
Fontes ligadas ao socorro garantem que o apoio foi pedido tarde depois de uma má avaliação inicial que foi prejudicada pelo evoluir descontrolado dos fogos. Há mesmo quem diga que a Região pretendia acionar o protocolo com as Canárias, mas foi contrariada pela sensibilização nacional de acionar o mecanismo europeu de Proteção Civil, numa lógica de concertação de pedidos a nível de País e não da Região em exclusivo, deitando mão da solidariedade europeia.
Marcelo não se pronuncia sobre eventuais custos políticos para Albuquerque, prefere defender-se com a Autonomia dos órgãos regionais, mas a verdade é que Miguel Albuquerque está com uma imagem muito negativa por consequência dos acontecimentos destes fogos, pela estratégia de combate, mas mais ainda do ponto de vista da ética política ao regressar ao Porto Santo para retomar as férias que tinha interrompido para vir acompanhar a operação. A opinião de que nunca deveria ter regressado às férias é quase unânime. Agora, é esperar os efeitos políticos deste momento. Para o Governo, para Albuquerque, para o PSD-M.
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