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Foto do escritorHenrique Correia

Marcelo vai dissolver mas quer "salvar" Orçamento e já tem apoio do PAN




O Presidente da República dificilmente vai evitar a dissolução do Parlamento Regional. Quando puder. Mas até ao Orçamento, tudo indica, deve ficar Albuquerque, são mais doze dias. E o PAN apoia, o que facilita a garantia. Nas eleições antecipadas não estão em sintonia.




O que uma deputada "vale": tira o "tapete" parlamentar a Albuquerque, pede uma mulher a liderar o Governo e "segura" aprovação do Orçamento "suportando" o mesmo Albuquerque por 12 dias. É obra.


O PAN admite a salvaguarda do Orçamento Regional a discutir entre 6 e 9 na Assembleia, que implica a continuidade de Miguel Albuquerque até à votação final global do documento, mas não está disponível para "ilusionismos de dizer que vai sair e depois não sai". Foi esta a explicação da líder nacional do PAN Inês Sousa Real.

É praticamente assente que o Representante da República, com quem Albuquerque vai transmitir a sua decisão e a quem o PSD leva o nome para substituir Albuquerque, deverá seguir o pensamento de Marcelo Rebelo de Sousa, de quem depende constitucionalmente. Ireneu deve pedir a Miguel Albuquerque para manter-se em funções até ao Orçamento da Região e só depois formalizar a demissão, sendo quase uma certeza que não vai restar outra solução ao Presidente da República que deverá dissolver a Assembleia Regional assim que a Constituição permitir, depois de 24 de março.

A realização de eleições antecipadas na Madeira será o cenário mais lógico, defende a oposição, argumentando que os pressupostos da atual configuração parlamentar mudaram com o novo quadro político, uma realidade que deverá sensibilizar Marcelo.

Ontem, a deputada única do PAN Mónica Freitas deu a garantia que reforça a solução de Albuquerque até ao Orçamento. A parlamentar diz que não é assim tanto tempo e está disponível para viabilizar o Orçamento mantendo o acordo que dá maioria absoluta parlamentar ao Governo PSD/CDS. Mónica Freitas deixa cair, por duas semanas, a exigência de só garantir o acordo com o PSD com outro líder. Mas não quer eleições, o que significa que aceita um novo governo com um novo presidente mas sem votos.

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