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  • Foto do escritorHenrique Correia

Marques Mendes sugere investigação sobre a venda do Banif

"Espero bem que o Ministério Público possa ler os capítulos do livro (do antigo governador do Banco de Portugal) que têm a ver com o Banif, e se ler não pode deixar de abrir uma investigação criminal"




A luta dos lesados do Banif ainda à espera de solução


O livro do antigo Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, está a dar que falar pelas acusações que faz ao primeiro-ministro sobre eventual pressão para proteger a empresária angolana Isabel dos Santos. Mas não só, a publicação faz referência, também, a todo o processo relacionado com o Banif e o respetivo processo de venda, ao ponto de Marques Mendes considerar que o capítulo sobre o assunto merece atenção do Ministério Público. Marques Mendes, antigo líderdo PSD e atual cimentador televisivo, foi quem apresentou o livro do ex-governador.

Diz que a resolução do Banif, em 2015, merece que o Ministério Público abra uma investigação. Diz que o caso foi promiscuo e de favorecimento ilícito.

"Espero bem que o Ministério Público possa ler os capítulos do livro que têm a ver com o Banif, e se ler não pode deixar de abrir uma investigação criminal. É um caso típico de abuso de poder e favorecimento de uma sociedade. Por muito menos, já vi o Ministério Público abrir inquéritos e constituir arguidos", refere uma notícia da SIC.

A venda do Banif, Banco Internacional do Funchal, foi assim explicada, na altura, pelo Banco de Portugal, em comunicado:

"As autoridades nacionais, Governo e Banco de Portugal, decidiram hoje a venda da

atividade do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. (Banif) e da maior parte dos

seus ativos e passivos ao Banco Santander Totta por € 150 milhões. As imposições das

instituições europeias e a inviabilização da venda voluntária do Banif conduziram a que

a alienação hoje decidida fosse tomada no contexto de uma medida de resolução.

Esta solução garante a total proteção das poupanças das famílias e das empresas

confiadas ao Banif, quer depósitos quer obrigações séniores, bem como o

financiamento à economia e a continuação dos serviços financeiros até aqui prestados

por esta instituição. Assim, manter-se-á o normal funcionamento dos serviços até

agora prestados pela instituição. Os clientes podem realizar todas as operações como

habitualmente quer aos balcões quer nos canais eletrónicos. Os clientes do Banif

passam a ser clientes do Banco Santander Totta e as agências do Banif passam a ser

agências daquela instituição.

Esta solução é também a que melhor protege a estabilidade do sistema financeiro

português.

A operação envolve um apoio público estimado de € 2 255 milhões que visam cobrir

contingências futuras, dos quais € 489 milhões pelo Fundo de Resolução e € 1 766

milhões diretamente pelo Estado, em resultado das opções acordadas entre as

autoridades portuguesas, as instâncias europeias e o Banco Santander Totta, para a

delimitação do perímetro dos ativos e passivos a alienar".

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