Declarações de Marcelo alertam para a salvaguarda do Orçamento Regional, debatido entre 6 e 9 de fevereiro.
As declarações do Presidente da República no sentido de alertar para as consequências de uma substituição, já, do presidente do Governo Regional, situação que levaria à "queda" do Orçamento Regional, vieram de certo modo clarificar as opções em cima da mesa para a futura governação na Madeira. O presidente deu a entender que a substituição tem mais implicações do que se pensa, também deu a entender que pode vir a dissolver a Assembleia Regional quando for constitucionalmente possível, ou seja a 24 de março.
Miguel Albuquerque anunciou a demissão e a convocação, para segunda-feira, 29 de janeiro, do Concelho Regional para que este indique o nome ou os nomes que o PSD irá levar ao Representante da República visando a substituição do chefe de governo, sendo dado adquirido que um novo presidente implica um novo governo e um novo Orçamento Regional, o que iria "empurrar" prazos e procedimentos para um tempo posterior, embora resolvendo para já a pretensão do PAN no sentido de substituir Albuquerque, permitindo a viabilização parlamentar do Governo de coligação e com isso travando a moção de censura que o PS já fez entrar no Parlamento.
Para Marcelo, percebeu-se nas declarações, era esperar dois meses com este Governo, com Albuquerque demissionário mas não demitido formalmente. No final desses dois meses, Marcelo dissolvia a Assembleia e convocava eleições. Uma solução que, gendo de fora, seria um suplício para o PSD Madeira, até para o PSD nacional, em plena fase de eleições com consequências imprevisíveis para os resultados do PSD Madeira na escolha dos deputados à Assembleia da República.
Sendo assim, e segundo avançam várias fontes da negociação, a solução poderia estar num plano intermédio. Ou seja, o Conselho Regional escolhe o nome a apresentar ao Representante da República, mas até à votação final global do Orçamento (discussão está agendada para fevereiro, de 6 a 9), mantém-se o atual Governo em funções, envolvendo com isso uma negociação com o PAN para adiar a satisfação da sua exigência, manter o acordo ativo, viabilizar o Orçamento e travar a moção de censura do PS, que pretende eleições assim que os preceitos constitucionais estejam garantidos para o efeito.
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