Miguel Gouveia tem sido apontado como uma alternativa a Paulo Cafôfo, não avançando neste momento mas resguardando-se para um período mais oportuno.

O socialista Miguel Silva Gouveia, antigo presidente da Câmara do Funchal e atual vereador da Confiança, foi ao Congresso do PS-M e em declarações à RTP-M lamentou ausência de tanta gente válida para o partido mas que não marcou presença na reunião magna que consagra a reeleição do líder Paulo Cafôfo.
O militante de base, uma adesão recente, não permite que o seu discurso "bata de frente" com a liderança de Cafôfo, atenua mesmo qualquer animosidade que as suas palavras possam transparecer quando diz que a unidade deve ser promovida pelo líder mas o discurso da liderança, neste congresso, "foi nesse sentido".
Miguel Gouveia defende uma frente autonómica, com uma conjugação de esforços da oposição, como alternativa de Governo, uma realidade que será mais forte se houver, no mínimo, algum crescimento do PS, realidade que aliada a uma eventual melhoria de resultados do JPP poderia originar uma correlação de forças suscetíveis de potenciar perigo político para a governação PSD, sobretudo se o PSD não crescer e ficar pelos 19 deputados.
Recorde-se que Miguel Gouveia tem sido apontado como uma alternativa a Paulo Cafôfo, não avançando neste momento mas resguardando-se para um período mais oportuno, como por exemplo um resultado que exija uma reflexão profunda dos socialistas, que têm a 23 de março umas eleições decididas quanto ao valor de Paulo Cafôfo enquanto líder do PS-M, sobretudo se pelo menos se fica perto do que atingiu, por exemplo, em 2019, e que hoje muitos consideram impossível de atingir atendendo à conjuntura diferente e à mobilização diferente da sociedade civil, que na altura via em Cafôfo o simbolo da mudança, o que não sucede hoje nessa dimensão.
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