Mas deixa uma salvaguarda enigmática: "A não ser que..."
Miguel Gouveia, antigo presidente da Câmara do Funchal, atual vereador da Confiança e militante socialista, veio hoje lançar uma reflexão sobre a moção de censura ao Governo Regional apresentada pelo CHEGA, sobretudo lembrando que "em Julho, no início desta legislatura, os 11 deputados do PS, os 9 deputados do JPP e 1 deputada do Chega votaram contra o Programa de Governo, que equivale a uma Moção de Confiança ao Governo, sendo o mesmo viabilizado pela abstenção dos signatários da Moção de Censura que hoje deu entrada.
Se tivermos em consideração que, nos 4 meses que entretanto se passaram, os argumentos apresentados por PS, JPP e pela deputada do Chega para votar contra o actual Governo não só se mantêm válidos, como se agudizaram com o acumular de casos, será expectável que a Moção de Censura hoje apresentada seja aprovada".
Miguel Silva Gouveia deixa, no entanto, uma salvaguarda enigmática quando termina a publicação, no Facebook: "A não ser que...", sem especificar a que se refere mas deixando algumas dúvidas sobre outras avaliações que o PS possa eventualmente ter relativamente ao seu sentido de voto.
Gouveia sintetiza, também, a argumentação do texto do CHEGA, para justificar a moção de censura ao Governo: "Em suma, o governo regional perdeu todas as condições para continuar a governar e quanto mais cedo for concretizada a sua saída, mais cedo poderá a Madeira iniciar o processo de reconstrução institucional. Sem qualquer dúvida, a gravidade das circunstâncias obriga a uma resposta urgente e o prolongamento da situação de desgoverno só trará mais danos à já fragilizada confiança dos cidadãos nas suas instituições. A censura é, portanto, a inevitabilidade que se impõe pela força dos factos, pelo peso das evidências e pela necessidade inadiável de restaurar a dignidade do exercício do poder na Região Autónoma da Madeira."
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