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Miguel Gouveia sugere "voto contra" o plano do Marítimo na Assembleia-Geral de 27

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia


Sócio fala em esclarecimento de "lugares comuns" e questiona: "Porque é que o Presidente da Direção não abriu a sessão com um balanço do seu mandato e com as devidas explicações aos investidores que contam: os sócios?"


Imagem RTP-M.


O esclarecimento aos sócios do Marítimo relativamente ao plano estratégico que irá a votos na Assembleia-Geral de 27 de junho, esclareceu pouco ou nada segundo o que apontam algumas posições públicas já conhecidas.

O sócio Miguel Silva Gouveia fez publicar a sua posição sobre o que foi dito e o que devia ter sido dito e não foi. O ex-presidente da Câmara e associado convicto e ativo do Marítimo escreveu, no Facebook, que "hoje os sócios maritimistas encheram um pavilhão para serem esclarecidos, na esperança de encontrarem explicações para o descalabro desportivo e encontrarem uma luz de esperança para um futuro mais animador.

Contudo, o que foi hoje apresentado por um consultor, foi um "Plano Estratégico" com um rosário de lugares-comuns: diversificar fontes de receita, potenciar activos, apostar na formação, profissionalizar a SAD, captar investimento externo, etc. Tinha um horizonte temporal 2023-2026 e parece fruto de uma auditoria cujas conclusões são um "plano de ação" para o futuro".

Miguel Gouveia diz que o plano "não fala em percentagem de alienação, não materializa investidores interessados nem em que qualidade, não define objectivos desportivos (a não ser uma alusão ao regresso à I Liga) nem indicadores de sucesso. Acima de tudo, não concretiza o que é que se pretende que os sócios votem na AG da próxima semana, nem explicita qual a lei habilitante da proposta apresentada aos sócios".

Para o associado "na retórica de apresentação houve muita ênfase dada à necessidade de profissionalizar a SAD, que já é profissional uma vez que a sua administração já é paga para o efeito, e em criar as condições pedidas pelo tal "investidor" para poder comprar parte do capital social da SAD, de forma a que seja possível prestar-lhe contas.

Esta intenção parece ter como consequência imediata a alteração dos estatutos da SAD e o pagamento da dívida do Clube à SAD pela construção do Estádio com o dinheiro da alienação de 40% da participação no capital social da SAD. Ou seja, o clube vende a SAD para pagar dívidas à SAD. Tudo demasiado vago e nebuloso".

Mas Miguel Gouveia também expôs o que não se falou e devia ter sido discutido:

1. Porque é que o Presidente da Direção não abriu a sessão com um balanço do seu mandato e com as devidas explicações aos investidores que contam: os sócios?

2. Se os sócios são chamadas a votar um plano estratégico, o que aconteceu ao projecto que foi votado em 2021 e que ganhou? Foi descartado? E porquê?

3. Quais os efeitos na vida do clube e da SAD se este plano for reprovado na próxima semana?

4. Qual a actual situação financeira do Marítimo e como se projecta a próxima época à luz dessa nova realidade?

5. Depois da forma pouco profissional e pouco transparente com que a actual direção tem gerido os destinos do clube, porque devem os sócios confiar? Sentem-se com condições de continuar?

"Face ao silêncio da direção e à pouca informação disponível, a continuar sem respostas e mais transparência, só restará uma alternativa: votar CONTRA esta proposta no próximo dia 27 de Junho".


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