Miguel (Sousa) alerta "amigo" Miguel (Albuquerque): escândalo na Placa Central
- Henrique Correia
- 26 de fev.
- 2 min de leitura
"Há filhos e enteados. Caso de polícia. Faturam cem mil euros e pagam de renda menos de mil. Pagam impostos? Têm contratos de trabalho? O Tribunal de Contas acompanha o evento?"

Miguel Sousa foi vice presidente de Jardim e vice presidente da Assembleia, foi um jardinista, julga-se que convicto, é hoje albuquerquista, com algumas "picadas" esporádicas pelo meio, e contra tudo o que Jardim escreve nas ditas redes sociais. Mudam-se os tempos...
É também empresário. E nessa dupla função de político numa "semi reserva" e empresário no ativo "reservado" que Miguel Sousa escreveu o seu habitual artigo no Diário, onde diz que na Madeira a Economia está muito melhor do que a Política, criticando os partidos, sem excepção, mas deixando, claro está, de forma subliminar, uma mensagem para o eleitorado não "estragar isto", o que é normal tratando-se de um militante do PSD apoiante da atual direção.
Mas onde Miguel Sousa já não é tão benévolo com Albuquerque é na parte que lhe toca, a parte do empresário, com uma referência às barracas da Placa Central, sem regras, versus e estabelecimentos de porta aberta permanente naquela zona, por mero exemplo o Café do Teatro, cuja gerência já tinha vindo a público defender que o encerramento dessas barracas mais cedo do habitual.
Miguel Sousa escreve que "é um escândalo". Refere que "a situação repete-se por três ou quatro vezes no ano, com o governo regional proporcionar, sem concursos, enriquecimento abusivo a um grupo de gente certamente seus favoritos. A entrega de barracas para actividade empresarial na Placa Central do Funchal não tem critérios conhecidos, provavelmente privilegia amizades e relacionamentos diversos, fugindo à transparência que qualquer processo de concessão pública deve assegurar. São sempre os mesmos “barraqueiros”. Uns têm espaços maiores, todas as épocas, mandados fazer à medida pelos próprios. Há filhos e enteados. Caso de polícia. Faturam cem mil euros e pagam de renda menos de mil. Pagam impostos? Têm contratos de trabalho? O Tribunal de Contas acompanha o evento?"
Para Miguel Sousa "o que é inadmissível é o desprezo pelos estabelecimentos fixos da Avenida Arriaga, os verdadeiros prejudicados por esta actividade “selvagem”. Já retiraram, sem pré-aviso digno do nome, horas de negócio com a chamada lei do ruído. Um evidente prejuízo para a nossa economia e empresas. E para os trabalhadores. Agora é hora de seriedade e se deixarem de prejudicar as empresas da zona que pagam impostos e contratam colaboradores. Sejam justos e competentes".
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