Montenegro vai fazer o que já devia ter feito para reduzir a vergonha
- Henrique Correia
- 27 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Se Montenegro não queria contar com o CHEGA, então falasse logo com o PS estancando esta torrente de incompetência numa situação que parecia simples de resolver.

Um indigitado primeiro-ministro que logo na primeira "prova de fogo" comete tantos erros e fica nas "mãos" do CHEGA e do PS desta maneira, passando pela vergonha nacional a que todos assistimos e só hoje fazendo o que desde início devia ter feito, revela uma ingenuidade política que até assusta num quadro em que negociações destas, envolvendo ainda maiores responsabilidades, serão o dia a dia da governação. Luís Montenegro caiu na "armadilha" e, agora, seja qual for a solução, o mal está feito e teremos um presidente da Assembleia da República que só pela quarta votação será eleito. Uma marca difícil de apagar para aquela que é a segunda figura da hierarquia de Estado.
Todos os envolvidos, mas sobretudo Montenegro, por estar prestes a formar governo, demonstraram uma falta de sentido de Estado. O impasse na eleição não poderia ter acontecido e foi até confrangedor ver a bancada do PSD, também o CDS, sem saber o que fazer metendo os pés pelas mãos na sua própria "teia". Se Montenegro não queria contar com o CHEGA, então falasse logo com o PS estancando esta torrente de incompetência numa situação que parecia simples de resolver. Se pretendeu o acordo "secreto" com o CHEGA, engana-se porque toda a gente sabe que com o CHEGA não há acordos a fingir. Ou há e toda a gente sabe, ou não há e "tira o tapete". Como é que Montenegro e aqueles assessores não viram antes se o cidadão comum já tinha percebido? Oxalá que a governação não seja assim.
Vamos ver se nesta eleição do meio dia há presidente eleito depois da reunião entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. Será que estas "crianças políticas" conseguem ser, hoje, os "adultos na sala? Vamos ver o que dá.
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