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MP coloca Albuquerque e Drumond em reunião suspeita na Quinta Vigia

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia


O Ministério Público, diz a mesma notícia, "suspeita da existência de uma contabilidade paralela entre as empresas de Humberto Drumond e Miguel Nóbrega e o PSD/Madeira".




Imagem de 2020 quando Albuquerque visitou a Dupla DP no âmbito do roteiro de Economia.


O canal NOW já revelou parte do despacho do Ministério Público sobre a operação judicial levada a efeito na Madeira e que levou a sete detenções para primeiro interrogatório, após o qual foram libertados sem que a qualquer deles fosse aplicada a medida mais gravosa de coação, a prisão preventiva.

O recém criado canal televisivo publica que Miguel Albuquerque é colocado, por parte do MP, no centro da investigação devido a uma reunião, na Quinta Vigia, a 6 de janeiro de 2023, com o empresário Humberto Drumond, da Dupla DP, um dos arguidos, onde esteve presente, também o anteriir chefe de gabinete Medeiros Gaspar. O assunto foi o PSD, apesar de ser na Quinta Vigia, situação que ocorre com alguma frequência noutras ocasiões.

O NOW descreve que teve acesso ao despacho de indiciação, segundo o qual

"Miguel Albuquerque terá participado, em janeiro de 2023, numa reunião que decorreu na sua residência oficial, a Quinta da Vigia, na qual terão sido “conversadas formas de financiamento do partido, tendo em vista a campanha eleitoral”.

Acrescenta a notícia do canal que “ficou igualmente acordado que o financiamento e fornecimento” de bens por parte do empresário Humberto Drumond, um dos oito detidos pela Polícia Judiciária, “deveria ocorrer nde forma irregular, inclusivamente através de contratos públicos de montante propositadamente inflaccionados” a sociedades do empresário, com "facilidades de pagamento e manipulação de faturas com valores reais”, escreveram as procuradoras Leonor Cardiga e Isabel Santos".

O Ministério Público, diz a mesma notícia, "suspeita da existência de uma contabilidade paralela entre as empresas de Humberto Drumond e Miguel Nóbrega e o PSD/Madeira".

Recorde-se que já estão constituídos nove arguidos, o presidente da Câmara da Calheta, Carlos Teles, o antigo secretário regional da Agricultura Humberto Vasconcelos, os empresários Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, sócios da Dupla DP, uma agência de comunicação, publicidade e marketing, o ex-diretor regional da Agricultura Paulo Santos, o presidente do Instituto de Administração da Saúde da Madeira (Iasaúde) e duas funcionárias públicas, Cecilia Aguiar e Daniela Rodrigues, além do secretário-geral do PSD José Prada.

Além destes, o advogado de Carlos Teles, João Nabais, adiantou ontem que este processo será longo e que terá mais arguidos, apontou para cerca de 20, entre eles figuras ligadas ao Governo Regional, cuja identificação ainda não foi revelada.


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