O investimento é de 3,8 milhões de euros, comparticipado em pouco mais de 3,2 milhões de euros pelo FEDER. O presidente do Governo visita obras.
Foto Filipe Matos
Imagens de Arquivo sobre o início das obras.
O Museu do Romantismo, instalado na Quinta do Monte, vai dar a conhecer o romantismo madeirense. Esta segundas-feira, pelas 15 horas, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, visita a casa onde viveu o Imperador Carlos de Áustria.
"O Museu do Romantismo da Madeira-Quinta do Monte tem por objetivo dar a conhecer a Madeira do século XIX, da formação do seu destino turístico, dos viajantes ilustres que por aqui passaram, do modo particular da vivência da cultura romântica europeia, que descobre na ilha da Madeira exotismos, perfeitamente integráveis no seu contexto temporal", revela uma nota da Quinta Vigia.
O museu vai desenvolver um programa científico, baseado no conceito da reconstituição de uma grande casa ou quinta madeirense do século XIX, com todas as suas valências, funcionais e estéticas, muito próximas ao gosto inglês, então dominante, e na origem da própria casa, e de uma estética desenvolvida pelos designados Wine Merchants, assim como da arte no tempo do Madeira Wine Trade.
"Outro exemplo a explorar, nesta organização e planificação, é o da importância nacional, praticamente única, da criação de uma iconografia própria e vasta, através da publicação de guias, álbuns de gravura e desenho sobre a Madeira romântica".
O programa científico deve refletir também a especificidade da Madeira no contexto nacional e suas ligações ao movimento romântico, assim como um essencial enquadramento do século XIX inglês, por óbvias relações de dominância económica e envolvimento nos negócios da ilha, nomeadamente do vinho, assim como outros contactos internacionais.
Ao programa científico segue-se o programa museológico, constituído essencialmente pela reconstituição de ambientes vivenciais da casa-quinta romântica, como a casa de jantar, as salas, quartos de dormir, cozinha, despensa (mantearia), com referências à circulação interna dos espaços e sua ocupação, hierarquia, etc.
Para a reconstituição de ambientes, estão a ser feitos esforços aquisitivos de peças que integravam ambientes madeirenses das classes dominantes, particularmente o gosto pela tradição inglesa de Old Masters Paintings e suas cópias, coleções construídas nas viagens de Gap Year e do Grand Tour, pela França, sobretudo Itália, Grécia, até Istanbul.
"Neste momento a empreitada encontra-se a correr a um bom ritmo, estando a execução da casa principal, futuro museu, e a antiga cavalariça, futuro espaço dos serviços educativos e biblioteca, a aproximadamente 50% de execução", acrescenta a mesma nota.
Os trabalhos na portaria e loja, armazém de apoio aos jardineiros e funcionários do museu, torre Malakoff, muros limítrofes, novos caminhos em pedra escassilhada, rede de incêndios e iluminação exterior, encontram-se praticamente concluídos.
Na casa principal ficarão os espaços de exposição do museu, os gabinetes, as reservas, os arrumos e uma cafetaria com esplanada coberta. As restantes construções existentes na quinta serão adaptadas a diferentes usos, nomeadamente: Casa do caseiro – Portaria, loja e central de segurança; Torre Malakoff – Cafetaria com esplanada; Cavalariça – Serviços educativos e biblioteca; Armazém – Balneários do pessoal de jardinagem e do museu, refeitório e armazém; recuperação dos caminhos em calçada e terra, recuperação e reforço de muros e muretes, colocação de gradeamentos, reparação de portões, recuperação de canais, lagos e fontes, etc. Implementação dos projetos do sistema de segurança contra intrusão e incêndios, avac, eletricidade, iluminação, águas e esgotos, acessibilidades, etc.
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