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  • Foto do escritorHenrique Correia

Museu num só piso com acesso pelo Largo do Pelourinho


Será criado um espaço único, com características de praça, no Largo do Pelourinho, que adquire uma nova dimensão e recupera a sua importância.




Pedro Fino e Eduardo Jesus, secretários regionais, visitaram as obras no Forte de São Filipe e o Largo do Pelourinho. Uma área pública, construída pela empresa Socicorreia, que "convive" com o empreendimento imobiliário de luxo, o Residence Insular, cujo promotor é o grupo AFA, de Avelino Farinha, parceiro privilegiado da empresa que fez a obra pública.

"Após a intervenção que deixou a descoberto as ruínas do Forte de São Filipe, o espaço, que se encontra em vias de classificação como Sítio de Interesse Público, apresentava-se dissonante com a envolvente. Com esta proposta, que abrange uma área de 2840 m2, pretende-se que o mesmo possa ser visitado e tenha um caráter dignificante que uma zona desta natureza deve ter, para que a população local e os turistas possam visitar todos os vestígios arqueológicos do local.

A configuração do Largo do Pelourinho resultou num espaço quase enterrado e à margem da dinâmica urbana, já que a sua forma não permitia uma franca relação com o espaço público envolvente. Assim, será criado um espaço único, com características de praça, no Largo do Pelourinho, que adquire uma nova dimensão e recupera a sua importância, promovendo a continuidade da corrente citadina entre a Rua Direita e a Travessa da Malta, à cota baixa, e a Praça da Autonomia, à cota superior", refere uma nota da secretaria dos Equipamentos e Infraestruturas.

Paralelamente a esta nova dimensão espacial do Largo do Pelourinho, a intervenção irá promover o património cultural. Toda a área das muralhas e forte, que compunham o histórico sistema defensivo da cidade, ficará coberta e protegida, permitindo criar um núcleo museológico.

O museu será desenvolvido num só piso, concebido sobre toda a estrutura geral das ruínas, sem intervir nas ruínas mestras. O acesso ao museu é feito diretamente pelo Largo do Pelourinho, com um sistema de fachada cortina. Na área de intervenção das ruínas foi acrescentado um passadiço central. Este novo passadiço, com uma estrutura em perfil metálico, é suspenso e fica localizado sob a claraboia, criando assim uma circulação mais eficaz em todo o Museu, e amplificando as possibilidades de visualizar todo o perímetro das ruínas e as peças expostas.


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