top of page
Buscar
  • Foto do escritorHenrique Correia

"Não é normal toda uma sociedade se sentir refém de um Governo"



Filipe Sousa diz: "Se em tempos duvidei do famigerado défice democrático, agora ele apresenta-se com toda a sua pujança e a sua assustadora realidade. Não é normal"



O presidente da Câmara de Santa Cruz publicou um ponto de ordem sobre a situação política na Madeira e disse mesmo que, na Região, "criou-se uma teia de dependências, real ou imaginária, que levou à perpetuação de um mesmo partido no poder. Partido esse que atravessa a maior crise de todos os tempos, com um líder a prazo, desesperado e sem condições de se manter, mas que refém do seu estatuto por razões conhecidas, quer fazer refém toda uma Região e a sua população à pala da ameaça de que a única saída possível é a sua manutenção ou o caos.

Uma tomada de posição preocupante, e que se torna ainda mais preocupante quando vemos vários setores sociais, económicos e até religiosos a comungarem da versão que se quer fazer passar. Empresários, políticos, Igreja, desporto, associações, cooperativas e sindicatos, todos unidos na versão de que será o fim caso este Governo não se mantenha em funções.

Se em tempos duvidei do famigerado défice democrático, agora ele apresenta-se com toda a sua pujança e a sua assustadora realidade. Não é normal toda uma sociedade se sentir refém de um Governo e de um partido, negando que a democracia e as suas prerrogativas funcionem. O parlamento e o seus eleitos não têm como função manter o Governo a todo o custo, nem são lacaios de um partido que se quer perpetuar na sombra de um líder sem condições. Isto é a negação do regime parlamentar e da própria democracia. Isto é assustador e preocupante. Cabe ao Parlamento acabar, de uma vez por todas, com a síndrome de Estocolmo que parece ter tomada de assalto toda a sociedade madeirense.

Sei do que falo porque em 2013, quando o JPP conquista o poder em Santa Cruz, também se tentou fazer crer que seria o fim deste concelho, até a câmara ia fechar num prazo de três meses. Como se sabe, nada disso aconteceu, e Santa Cruz está hoje melhor e recomenda-se.

Agora volta a mesma pressão, comprovando a “podridão” do sistema que o PSD/CDS implementaram na RAM e que conduziu a esta decadência das instituições, incluindo a própria Igreja católica. Criaram o caos e agora dizem-se os únicos que podem resolver os problemas que eles próprios criaram.

À Democracia e à População cabe acabar com esta farsa de uma vez por todas.





28 visualizações

Kommentare


bottom of page