Por agora, o Marítimo-Amadora é o mais importante. Nem o presidente do Marítimo, nem aquela figura da claque do Amadora, nem o presidente do Amadora nem todas as críticas que certamente existem sobre a orientação do clube/SAD.
Parece que chegou o momento chave para um debate profundo sobre política de apoios ao desporto e sobretudo ao futebol profissional, saber o que se apoia, quanto se apoia, como se apoia e qual o retorno efetivo e não com subjetividade que tem a ver com política e com amizades. É preciso um debate profundo, custe o que custar e envolva os interesses e as "cunhas de importantes" que envolver. O Nacional esteve em risco, o Marítimo está em risco, o Andebol e o Basquetebol viram descer equipas como há muito não acontecia.
Mas antes de tudo o que se possa fazer e refletir, é preciso não perder o foco relativamente às prioridades, no fundo priorizar faseadamente o que interessa no imediato e o que, não podendo esperar, só será alvo de avaliação depois das eleições. É assim a realidade política e desportiva madeirense.
Não podemos perder o foco em "salvar" o Marítimo, o único representante na I Liga. E isto não envolve só o clube e os adeptos, envolve a Madeira. E por muito que haja a tentação de responder à estratégia de provocação que ocorreu no jogo da primeira mão, na Reboleira, no hotel e no campo, é importante travar esta desconcentração relativamente ao jogo. Concentrar esforços em reagir a essas provocações é perder o foco, é permitir que o jogo de bancada se sobreponha ao do campo, onde o Marítimo deve ser melhor, ter mais apoio, para manter acesa a esperança de permanência. Da forma como vejo os comentários sobre a indecência do que se passou na Reboleira, apesar de ter sido indecente, estou certo que não será essa postura de resposta que levará o Marítimo ao objetivo.
Depois de conseguido o objetivo, então sim, passaremos a uma outras prioridades: ver como será o futuro do clube, da SAD, depois debater profundamente os apoios ao futebol profissional do ponto de vista da opção política. É uma prioridade, mas sabe-se que ninguém vai tocar no assunto antes das eleições e por isso há o risco de um debate que não servirá para a próxima época desportiva mas porventura mais para a frente. É a calendarização política a sobrepor-se ao essencial desportivamente falando. Mas como tudo depende da política, é assim e se for para falar só para outubro ou novembro, já os campeonatos estão a andar. Mas é preciso debater algum dia para ver ainda chegamos a tempo de salvar alguma coisa.
Por agora, o Marítimo-Amadora é o mais importante. Nem o presidente do Marítimo, nem aquela figura da claque do Amadora, nem o presidente do Amadora nem todas as críticas que certamente existem sobre a orientação do clube/SAD, das responsabilidades do Governo e um debate futuro sobre o qual cada adepto teráa sua opinião. O mais importante é manter o Marítimo, manter a Madeira com um clube na I Liga.
Nada de perder o foco com distrações.
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