Negócio da SAD do Marítimo envolve empresa sob suspeita

Autoridades brasileiras suspeitam de envolvimento de empresa com o Primeiro Comando Capital (PCC), um grupo criminoso que terá ramificações em Portugal.

Uma notícia recente, publicada pelo Jornal de Notícias, órgão de comunicação nacional com grande implantação no Porto, revelava que

"Roberto Uchôa, membro do conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e consultor em crime organizado advertiu que o Primeiro Comando Capital (PCC) tem estabelecimentos comerciais, imóveis e terá investimentos em futebol em Portugal".

Esta informação suscitou desde logo algumas interrogações que porventura poderiam recair no negócio de venda de parte da SAD do Marítimo, processo já apresentado mas ainda não concluído, sendo que então, seria especulativo avançar algo mais concreto sobre o assunto.

A verdade é que hoje, no Correio da Manhã, é feita referência ao negócio envolvendo o clube madeirense, agora a militar na segunda liga. O jornal menciona que "a 17 de Julho os sócios do Marítimo aprovaram por maioria a venda de 40% do capital social da “Marítimo da Madeira SAD” à Revee por 15 milhões de euros, uma empresa brasileira ligada à gestão de arenas desportivas e áreas comerciais, e à realização de eventos, sobretudo no estado de São Paulo. Acontece que a principal accionista desta empresa é o grupo REAG, uma holding gestora de activos financeiros, empresas e fundos de investimento, que foi alvo de buscas na Operação Carbono Oculto, realizada em agosto em São Paulo, e que envolveu 1400 elementos entre magistrados e polícias, por suspeitas de ligação ao PCC".

O mesmo jornal acrescenta que "o grupo é um dos principais fornecedores de cocaína para a Europa e Estados Unidos, e o esquema de lavagem passava por depositar o dinheiro ilicitamente obtido em 1500 postos de combustível, em diversos estados. O negócio entre o Marítimo e a Revee está em fase de due diligence, e deve ser assinado até ao final de Novembro".

O Marítimo comemora, este sábado, 20 de setembro, o seu 115.º aniversário. O jornal adianta que o presidente do Marítimo não prestou declarações.