Os eleitores, por outro lado, assistem a esta encenação com uma mistura de indiferença, pasmo e cepticismo. Muitos já se acostumaram a este teatro político e votam por inércia.
"Continua tudo igual: em dia de eleições é ver os apaniguados do PSD a rondar as secções de voto. Uns tantos, mais excitados, vestidos de laranja". Foi assim que o coordenador da Iniciativa Liberal denunciou uma situação verificadas nas mesas de voto.
Nuno Morna revela que "secretários, diretores regionais, deputados, Presidentes e membros de Juntas, o tradicional na política regional tão em uso numa qualquer República das Bananas. É um cenário que se repete, como se fosse um ritual infalível, onde os mesmos rostos aparecem, ano após ano, com a mesma teatralidade de sempre".
O líder da IL na Madeira diz que é "um déjà vu, onde cada personagem desempenha o seu papel de forma previsível. O desfile de influências é acompanhado por um ar de superioridade, como se a presença fosse imprescindível para o bom funcionamento do processo democrático. Para qualquer observador mais atento, fica claro que esta exibição pública é mais sobre manter aparências e demonstrar poder do que realmente sobre um compromisso com a democracia.
Os eleitores, por outro lado, assistem a esta encenação com uma mistura de indiferença, pasmo e cepticismo. Muitos já se acostumaram a este teatro político e votam por inércia, outros aproveitam para expressar as suas frustrações através do voto e alguns agradecem interiormente o lhes recordarem onde votar.
E assim ficam as secções de voto transformadas num palco para este espetáculo trapalhão. Um retrato quase cínico de um sistema que parece funcionar em piloto automático, onde a verdadeira mudança está sempre fora de alcance, e o forrobodó dos bimbos continua a girar, inabalável e imutável, como um velho carrossel de feira".
No horizonte nada de novo.
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